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Veículos

- Publicada em 13 de Junho de 2017 às 17:56

Financiamento de veículos novos cresce 10,1%

Expansão, que chegou a 160,2 mil unidades, é a primeira neste tipo de comparação desde fevereiro de 2014

Expansão, que chegou a 160,2 mil unidades, é a primeira neste tipo de comparação desde fevereiro de 2014


/JURE MAKOVEC/AFP/JC
Os financiamentos de veículos novos no Brasil subiram 10,1% em maio deste ano ante igual mês do ano passado, para 160,2 mil unidades, em soma que considera veículos leves, pesados e motos.
Os financiamentos de veículos novos no Brasil subiram 10,1% em maio deste ano ante igual mês do ano passado, para 160,2 mil unidades, em soma que considera veículos leves, pesados e motos.
É o primeiro crescimento nesse tipo de comparação desde fevereiro de 2014. Os dados foram antecipados pela B3, empresa que resultou da fusão entre a BM&FBovespa e a Cetip.
Em relação a abril, o aumento foi ainda maior, de 28%, desempenho que contou com a ajuda de quatro dias úteis a mais em maio. No acumulado do ano, no entanto, o resultado ainda é negativo, de 4,8%, para 695,1 mil unidades.
Apesar dos avanços, a B3 prega cautela. "Ainda é cedo para falar em melhora do cenário econômico, os dados seguem indicando muito mais um cenário de estabilidade da economia", disse Marcos Lavorato, gerente de Relações Institucionais da B3.
Desde o início da crise econômica, em 2015, o número de financiamentos de veículos tem enfrentado quedas maiores do que o mercado como um todo (que considera também as vendas à vista). Isso ocorreu por causa da restrição ao crédito por parte dos bancos, que se tornaram mais rigorosos em razão do aumento da inadimplência e do desemprego. O mercado como um todo voltou a ter resultados positivos na comparação anual em março, ainda que tímidos. Dois meses depois, é a vez de o financiamento ter crescimento.
Em conta que considera somente os veículos leves, que representam a maior parte do mercado, os financiamentos tiveram avanço de 12,7% em maio ante maio de 2016, para 97,1 mil unidades.
Na comparação com abril, o crescimento foi de 27,2%. De janeiro a maio, foram feitos 419,3 mil financiamentos de veículos leves, queda de 2,6% ante igual período do ano passado.
Entre os pesados, houve expansão de 2,5% nos financiamentos em maio ante igual mês do ano passado, para 5.157 unidades. Em relação a abril, a alta foi de 12,3%. Porém o número de unidades novas financiadas ainda cai no acumulado do ano, 12,8%, para 21,2 mil.
No caso das motos, as vendas financiadas cresceram 6,6% em maio sobre o volume de maio do ano passado, e subiram 31% na comparação com abril, para 57,2 mil unidades. Já o resultado acumulado de janeiro a maio cai 7,4%, para 252,4 mil unidades.
 

Anfavea não vê menos investimentos, mas reavaliação da velocidade

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, afirmou que a crise política não tem resultado em cancelamentos de investimentos do setor, mas que as montadoras estão "reavaliando a velocidade" dos aportes.
"Os planos das montadoras estão mantidos, mas, em vez de se fazer agora, estão deixando para daqui três meses, por exemplo, parando para pensar um pouco", disse.
No consumo de veículos, Megale informou que a crise, pelo menos por enquanto, ainda não se traduziu em resultados mais fracos, uma vez que muitos emplacamentos só são confirmados semanas depois do fechamento do negócio, mas admitiu que, nas concessionárias, o fluxo de pessoas tem diminuído.

Mercedes-Benz reduz previsão de alta para caminhões

O presidente da Mercedes-Benz, Philipp Schiemer, afirmou ontem que o fraco desempenho do mercado de caminhões em 2017, que cai 19,4% no acumulado de janeiro a maio, o forçou a rever para baixo a sua projeção para o segmento no ano inteiro. Antes, ele apostava em crescimento de 10%. Agora, diz que vai se sentir satisfeito se as vendas ficarem estáveis em relação a 2016.
"Nós já esperávamos um primeiro trimestre difícil, com uma recuperação a partir do segundo semestre, mas hoje isso está ameaçado. Pelo andar da carruagem (as vendas em 2017), que está bem abaixo do ano passado, temos pouco tempo para recuperar esse atraso", disse. "Tudo depende da instabilidade política, que não ajuda na recuperação, então hoje estou mais cético. Podemos ficar satisfeitos se o resultado do ano passado se repetir", acrescentou.
Apesar de ter piorado a sua projeção para o ano, Schiemer continua acreditando que o segundo semestre será um pouco melhor do que o primeiro. "O efeito do agronegócio será maior, e os juros estarão mais baixos, o que significa mais consumo de caminhão", disse. "Além disso, esperamos a volta da confiança com notícias boas, como o crescimento do PIB", afirmou em seguida. Em relação às reformas do governo de Michel Temer, o executivo disse que, se as propostas forem enfraquecidas, a confiança dos investidores será afetada. No entanto ele acredita que, mesmo com a crise política, o saldo será positivo.