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JC Logística

- Publicada em 08 de Junho de 2017 às 15:37

País deve investir US$ 1,8 bilhão na construção de quatro corvetas

Modelo para navios é a corveta V-34 Barroso, quase uma minifragata

Modelo para navios é a corveta V-34 Barroso, quase uma minifragata


CSMB/CSMB/DIVULGAÇÃO/JC
A Marinha do Brasil vai investir US$ 1,8 bilhão na construção de quatro novas corvetas (navios de guerra) para manter ativo o projeto de reequipamento da frota de superfície da Força, plano que foi prejudicado pela crise econômica que afeta fortemente o orçamento da Defesa. A primeira unidade ficará pronta em 2022, ao custo de US$ 450 milhões, mostra uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
A Marinha do Brasil vai investir US$ 1,8 bilhão na construção de quatro novas corvetas (navios de guerra) para manter ativo o projeto de reequipamento da frota de superfície da Força, plano que foi prejudicado pela crise econômica que afeta fortemente o orçamento da Defesa. A primeira unidade ficará pronta em 2022, ao custo de US$ 450 milhões, mostra uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
O processo de fabricação será executado em etapas. Na primeira fase, encerrada há poucos dias, foi feito um chamamento público, uma espécie de convite, em que estaleiros com não menos de 10 anos de experiência na construção de navios militares de alta complexidade e com 2,5 mil toneladas, apresentaram a documentação técnica para participar da futura licitação.
A diretoria de Gestão de Programas da Marinha considerou 17 empresas entre as que se apresentaram; duas das quais brasileiras, várias europeias, a maioria delas com sede na Ásia. Até dezembro haverá uma série de consultas e audiências técnicas com os interessados. A escolha será anunciada em 2018. O último exemplar de navio sairá das docas de produção em 2025.
O resultado do próximo estágio prevê a elaboração, ao final, de uma solicitação de proposta. Nela deverão constar três pontos relevantes: 1) definição técnica do navio em licitação, 2) a orientação para apresentação de outros projetos já existentes e testados, 3) as condições de viabilidade financeira.
O conjunto do negócio também será explicitado - dos termos da participação da indústria local até o pagamento de royalties em futuras vendas internacionais do produto, passando pelas compensações comerciais e pelos índices de nacionalização. O contratado terá de fabricar as corvetas no País, consorciado com parceiros do setor naval nacional, com amplas transferência de tecnologia e compensações comerciais. A área atravessa uma profunda crise.
Dos 40 complexos industriais existentes no País, apenas 12 se mantêm ativos. As demissões de pessoal com formação qualificada chegaram a 50 mil funcionários.
Há 15 dias, o comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, alertou, em depoimento na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, para as dificuldades em manter a Força Naval operacional e para o risco de a esquadra de superfície "desaparecer em pouco tempo".
De acordo com Leal Ferreira, a Marinha necessita de destinações orçamentárias anuais de R$ 3,2 bilhões a R$ 3,4 bilhões. Todavia, revelou, terá esse ano apenas R$ 2,34 bilhões - não considerados os contingenciamentos. Para manter a normalidade da força seriam necessários mais R$ 800 milhões, ressaltou o almirante.
O projeto Tamandaré, que toma como referência básica a corveta V-34 Barroso - lançada em 2008, projetada e construída no Brasil -, é avançado, com grande carga digital, sistemas e armamento de última geração. Segundo engenheiros navais, "com 2,7 mil toneladas, mais de 100 metros, considerável poder de fogo, e mais um helicóptero de ataque embarcado, o navio pode ser definido como uma minifragata, embora com restrições de autonomia e conforto".
Ainda assim, as corvetas são os menores navios de escolta e ataque entre todas as categorias. A Marinha do Brasil (MB) contempla planos para comprar até 12 embarcações desse tipo em um prazo longo. O programa é urgente. Os oito navios mais efetivos da MB, fragatas compradas a partir dos anos 1970, foram modernizados uma vez - mas terão de ser aos poucos desativados até 2028.
São estas necessidades que a Marinha do Brasil vai apresentar às 17 empresas habilitadas na primeira fase do processo.
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