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Política

- Publicada em 18 de Maio de 2017 às 12:23

PSDB vai escolher novo presidente após afastamento de Aécio

Aécio foi citado e flagrado em delação premiada dos donos do frigorífico JBS, Joesley e Wesley Batista

Aécio foi citado e flagrado em delação premiada dos donos do frigorífico JBS, Joesley e Wesley Batista


VALTER CAMPANATO/ABR/JC
O senador Aécio Neves (MG) deve se afastar da presidência nacional do PSDB e o partido vai se reunir nesta quinta-feira (18), para definir sua sucessão no comando da sigla. A tendência é que o vice-presidente jurídico, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), assuma o posto interinamente e convoque a Executiva Nacional da legenda para eleger um novo presidente.
O senador Aécio Neves (MG) deve se afastar da presidência nacional do PSDB e o partido vai se reunir nesta quinta-feira (18), para definir sua sucessão no comando da sigla. A tendência é que o vice-presidente jurídico, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), assuma o posto interinamente e convoque a Executiva Nacional da legenda para eleger um novo presidente.
Tucanos já articulam para o comando do partido os nomes do senador Tasso Jereissati (CE), do ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e do próprio Carlos Sampaio. O deputado tucano Silvio Torres (SP), secretário-geral do partido, afirmou que é provável que Aécio Neves se licencie do cargo de presidente nacional do PSDB. Pelo regulamento do partido, explicou, em caso de licenciamento, a executiva nacional em consenso com o presidente licenciado indicam um novo nome para o cargo.
No caso de renúncia, assume o vice-presidente mais antigo do partido, Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo e atualmente sem mandato, que convocaria novas eleições. Torres disse que a situação de Aécio é "inviável" e que o pedido de licença deve sair em algumas horas. A bancada do PSDB na Câmara está reunida, assim como a do Senado. Segundo Torres, ainda não foi convocada reunião da executiva nacional do partido. "Foi um choque para todo mundo", disse ele, referindo-se a delação dos executivo da JBS que envolvem Aécio Neves.
Torres disse que o partido está nesta quinta no centro do noticiário, a despeito de a delação implicar outros atores, como o próprio presidente Michel Temer e o ex-ministro Guido Mantega. Ele avaliou que o partido sofreu um duro golpe em sua imagem e que o partido deveria repensar a sua conduta. "Mas o partido ainda tem credibilidade para se reciclar", disse.
O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu afastar Aécio Neves do cargo de senador. Os ministros do tribunal também vão julgar um pedido de prisão feito contra ele pela Procuradoria-Geral da República. Aécio foi citado e flagrado em delação premiada dos donos do frigorífico JBS, Joesley e Wesley Batista. Ele teria sido gravado pedindo R$ 2 milhões aos empresários para pagar sua defesa na Operação Lava Jato. A irmã do senador, Andrea Neves, e o primo, Frederico Pacheco de Medeiros, foram presos. Segundo as investigações, Medeiros recebeu o dinheiro que o empresário Joesley Batista direcionou a Aécio.
A Procuradoria pediu a prisão de Aécio, mas o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, encaminhou o caso para deliberação do plenário do STF. Na decisão de Fachin, o ministro determinou ainda que ele não mantenha contato com outros investigados e o proibiu de deixar o país. Policiais federais chegaram às 6h na casa de Aécio em Brasília, que fica no Lago Sul, uma das regiões mais nobres da cidade. Residências de Aécio em Brasília, Rio e Belo Horizonte foram alvo de busca e apreensão.
Apesar da incerteza com relação ao futuro do governo, o partido não pensa em desembarcar da base aliada de Michel Temer. Silvio Torres disse que a votação das reformas serão totalmente atrasadas, enquanto não se "retoma a normalidade" no país. Torres diz haver pouca possibilidade de o parlamento votar a reforma da Previdência. A reforma trabalhista, que estava mais adiantada, disse ele, também deve ficar para depois. De todo modo, ele disse que ainda não há definição nem desejo no partido ainda de desembarcar do governo. O deputado tucano afirmou ainda que não há interesse em deixar o presidente Michel Temer isolado. "Como pode ajudar saindo todo mundo do governo?", disse.
Folhapress
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