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operação lava jato

- Publicada em 07 de Maio de 2017 às 19:28

Moro quer evitar tumulto em depoimento de Lula

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, solicitou aos simpatizantes da operação que não compareçam a Curitiba na próxima quarta-feira, dia 10 de maio, data em que está marcado o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Eu tenho ouvido que muita gente que apoia a Operação Lava Jato pretende vir a Curitiba manifestar esse apoio", disse Moro. "Eu diria o seguinte: esse apoio sempre foi importante, mas, nessa data, ele não é necessário."
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, solicitou aos simpatizantes da operação que não compareçam a Curitiba na próxima quarta-feira, dia 10 de maio, data em que está marcado o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Eu tenho ouvido que muita gente que apoia a Operação Lava Jato pretende vir a Curitiba manifestar esse apoio", disse Moro. "Eu diria o seguinte: esse apoio sempre foi importante, mas, nessa data, ele não é necessário."
Segundo o juiz, deve-se evitar qualquer tipo de "confusão e conflito" e zelar pela segurança das pessoas, para que ninguém se machuque em eventuais discussões nesta data. "O interrogatório é uma oportunidade que o senhor ex-presidente vai ter para se defender, é um ato normal do processo. Nada de diferente ou anormal vai acontecer nessa data, apenas esse interrogatório", pondera Moro.
Originalmente, o interrogatório de Lula estava previsto para o dia 3 de maio, mas foi remarcado por Moro para 10 de maio a pedido da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e da Polícia Federal. As corporações alegaram necessidade de mais tempo "para providências de segurança" diante de manifestações populares que poderiam ocorrer em Curitiba.
Na ação, Ministério Público Federal sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio - de um valor de R$ 87 milhões de corrupção - da empreiteira OAS entre 2006 e 2012. As acusações contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio do triplex no Guarujá, no Solaris, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantido pela Granero de 2011 a 2016.
"A minha sugestão é: não venha, não precisa. Deixe a Justiça fazer o seu trabalho, tudo vai ocorrer com normalidade. Eu espero que todos compreendam", finalizou Moro no vídeo. O material foi publicado por volta das 21h de sábado e republicado minutos depois na mesma página. Juntos, os dois vídeos já registraram quase 2 milhões de visualizações e mais de 92 mil compartilhamentos.
Nas redes sociais, grupos apoiadores da operação e pessoas favoráveis a Lula se organizam para fazer manifestação em Curitiba durante o interrogatório. O Movimento Brasil Livre (MBL), que figura entre os grupos mais ativos em apoio a Moro, disse que não está promovendo nenhuma organização oficial de protesto, mas que seus representantes estarão em Curitiba acompanhando a oitiva. A porta-voz do movimento Nas Ruas, Carla Zambelli, em declaração pública, também pediu aos seguidores para não irem a cidade, para evitar confrontos.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) disse que não está promovendo a organização de caravanas. Já o grupo Frente Povo Independente usou a internet por meio de um site de financiamento coletivo para garantir o pagamento de dois ônibus fretados rumo a Curitiba. Foram arrecadados
R$ 8,5 mil em doações.
Na terça-feira, véspera do depoimento, Lula e apoiadores vão participar de um culto ecumênico na Catedral Metropolitana de Curitiba. Entre os confirmados no ato de apoio e solidariedade ao ex-presidente estão a direção nacional do PT, dezenas de deputados, senadores e ex-ministros.
 

Presidente da associação de procuradores rebate declaração de petista

Em resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse, na abertura da etapa paulista do 6º congresso do PT, ser vítima de uma conspiração incriminatória da Operação Lava Jato, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) emitiu uma nota, neste domingo, em que classifica o discurso do petista como uma "ameaça" e defende a "marcha serena da Justiça".
A nota é assinada pelo presidente da ANPR, José Robalinho Cavalcanti, que defende a Operação Lava Jato. Ele disse que as investigações são "técnicas e impessoais" e que uma prova é a semelhança entre o discurso de Lula, de vitimização, e de outros réus.
A nota também afirma que o argumento de que há "uma conspiração universal contra o ex-presidente Lula não se sustenta em fatos". Na conclusão da nota, a ANPR lamenta a declaração de Lula de que, se eleito presidente mais uma vez, poderia mandar prender jornalistas que publicaram notícias infundadas sobre sua suposta prisão.
Para a Associação dos Procuradores, a declaração do ex-presidente não é "digna de quem foi por oito anos foi o supremo mandatário do País", e as ameaças não irão deter "qualquer agente de estado ou a marcha serena e impessoal da Justiça".
Na semana passada, Lula usou a abertura da etapa paulista do 6º congresso do PT para se depender de acusações, ainda que não tenha citado diretamente o ex-diretor da Petrobras Renato Duque. Em depoimento ao juiz Moro, Duque afirmou que Lula comandava o esquema de corrupção na Petrobras. No Congresso do PT, Lula disse que nunca pediu dinheiro a empresários e afirmou que a mídia e a Lava Jato firmaram um "pacto diabólico" contra ele. 
O ex-presidente Lula vai prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira. Haverá esquema de segurança no prédio da Justiça Federal, em Curitiba. Uma das medidas será a suspensão do expediente no dia do depoimento. Um perímetro de segurança de 150 metros irá isolar o entorno do imóvel, a cargo da vigilância da Polícia Federal e da Polícia Militar.
A preocupação das autoridades é garantir a segurança de Lula, Moro, advogados e servidores federais e impedir que ocorra um tumulto de manifestantes pró e contra o petista. A pedido da autoridades de segurança, o depoimento de Lula, que originalmente deveria ter acontecido no dia 3, foi transferido para a próxima semana.
Há uma expectativa de que 50 mil pessoas viajem para a capital paranaense para acompanhar o depoimento. A fiscalização sobre os visitantes vai ser intensificada nas estradas: ônibus interestaduais só poderão chegar a Curitiba se tiverem autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

MST levará 20 milmilitantes até Curitiba, diz Stédile

Líder nacional do  Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile afirmou, neste sábado, que a organização levará 20 mil militantes a Curitiba na próxima quarta-feira, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestará depoimento ao juiz Sérgio Moro. 
Após depoimento, os apoiadores de Lula realizarão um ato. Segundo Stédile, maior parte dos participantes será do próprio estado do Paraná, onde o movimento reúne 20 mil famílias.
Já a Central Única dos Trabalhadores (CUT) distribuiu a organização das carreatas entre os sindicatos que a compõem. Cerca de 30 ônibus sairão do grande ABC. 
Um dos temores é de fixação de barreiras policiais nas vias de acesso à capital do estado. Lula foi informado da mobilização pelos coordenadores do MST durante almoço na 2ª Feira da Reforma Agrária, em São Paulo. Após almoço, Lula circulou pelo público presente.