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Opinião

- Publicada em 29 de Maio de 2017 às 16:18

Imprensa e política

A imprensa está com o poder. No passado, a notícia era divulgada pelo madrugador. Havia censura. No palácio, a comunicação sobrevoava no festejo e silêncio da Corte. A encargo dos bobos, intriga e delação corria solta até o calabouço, lugar do bode expiatório e decaído mártir escolhido para herói de causa e de libertação. A História é uma técnica. Publica fatos do vencedor. Em décadas, D. Pedro II foi ensinado como o imperador sonolento, vacilante e manipulado pelo partido liberal e conservador por quase 50 anos.
A imprensa está com o poder. No passado, a notícia era divulgada pelo madrugador. Havia censura. No palácio, a comunicação sobrevoava no festejo e silêncio da Corte. A encargo dos bobos, intriga e delação corria solta até o calabouço, lugar do bode expiatório e decaído mártir escolhido para herói de causa e de libertação. A História é uma técnica. Publica fatos do vencedor. Em décadas, D. Pedro II foi ensinado como o imperador sonolento, vacilante e manipulado pelo partido liberal e conservador por quase 50 anos.
Do ciclo dos reinados, é proeza, não obstante a força latifundiária do café e da mão de obra escrava. Com advento da República Velha, emergira do mito imperial parlamentar a lendária figura do genro do soberano deposto em novembro de 1889, o odiado Conde D'Eu, francês e marido da princesa Isabel. A historiografia trouxe à claridade parentela e amantes de Pedro II frente o comportamento da imprensa da época. Luísa Margarida Portugal de Barros, a condessa de Barral, criticava o atrevimento do jornal, a publicar caricaturas e apelidos ao monarca do Brasil. O soberano ignorava: "os ataques não são pessoais, mas manejo e desabafo partidário".
Da alcova, Alcântara recitava às amadas poemas e confissões de tórrida paixão, em 16 idiomas, dominados pelo poliglota imperador. Os apelidos mais comuns era Rei Caju (tinha queixo proeminente) ou Pedro Banana, devido o sono invencível por conta da diabete, no final da vida. Recente mostra da História da monarquia avança conclusão ao nosso último imperador: erudito e acreditava no valor da república, a dos Estados Unidos. Abominava a escravidão, escrevia ao mundo intelectual o desejo por alfabetizar o povo e a dar civilidade. Não triunfou, a par das cartas enviadas e recebidas a Victor Hugo, Nietzsche, Wagner e Manzoni.
Advogado
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