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Opinião

- Publicada em 22 de Maio de 2017 às 17:57

Corrupção é a metástase nacional a ser extirpada

Tristemente e com abatimento geral, a corrupção permeou as entranhas da burocracia oficial brasileira, em um mafioso esquema que surrupiou verbas de ministérios, empresas estatais e bancos públicos. É assunto que teima em não sair da pauta da mídia, com repercussões, infelizmente pelo lado negativo, no exterior.
Tristemente e com abatimento geral, a corrupção permeou as entranhas da burocracia oficial brasileira, em um mafioso esquema que surrupiou verbas de ministérios, empresas estatais e bancos públicos. É assunto que teima em não sair da pauta da mídia, com repercussões, infelizmente pelo lado negativo, no exterior.
O Brasil padece da moléstia incurável chamada desonestidade. É uma metástase que toma conta do corpo social. Infeciona e traz a falta de caráter. A imoralidade. Os distúrbios de ética; ela, jamais compreendida e pouco aplicada.
E a partir da delação premiada de dirigentes da JBS, como antes da Odebrecht e da OAS, ficamos conhecendo que inescrupulosos, vigaristas e aproveitadores existem em todos os setores da nossa combalida e sofredora sociedade.
Mas não podemos nos enganar, eis que esse caldo de cultura em que permeia a vigarice e o "jeitinho" perpassa por milhões e que contribuem, de alguma forma, para esses deplorável estado de coisas.
Claro que a generalização sempre é injusta, pois temos milhares de brasileiros em todos os setores do Executivo, Legislativo e Judiciário, além do setor privado - empresários e empregados -, que pautam suas ações pelo melhor procedimento possível junto às suas atividades profissionais, sua vida particular e, principalmente, junto à família, base da sociedade.
Os maus exemplos, as delações, as campanhas feitas com dinheiro mal havido têm que acabar. E não bastam as frases feitas, palavras empoladas, discursos repetitivos e que nada provam, apenas mascarando a grosseira realidade da desonestidade que tem grassado no País.
Começando pelo caixa-2, que nada mais é do que uma refinada trapaça para evitar aparecer o nome de quem oferta dinheiro para campanhas eleitorais com o evidente propósito de, mais adiante, obter vantagens, geralmente ilícitas. Ninguém faz doações de milhões de reais para candidatos e partidos pelo bel-prazer de ajudar a democracia.
E se doações não são ilegais, mesmo com valores inimagináveis para o cidadão comum, que moureja às vezes da manhã à noite para receber R$ 2 mil ou R$ 3 mil mensais, porque escoimar o valor, o nome do apoiador de quantias fabulosas?
Outra frase padrão que não prova inocência alguma é a muito repetida de que "tudo foi declarado e aprovado pela Justiça Eleitoral". Mas não é isso que está em discussão, mas sim a origem do dinheiro. Se era lícito, por que lançar no folclórico caixa-2, um nome para acobertar dinheiro público desviado do governo ou recursos ilegais de outras fontes?
Caixa-2 é um sofisma, fantasia burlesca para esconder vigarices de alto calibre e milionários valores. Pois quando o governo federal tenta aprovar um pacote de ajuste fiscal a fim de fechar o rombo em suas contas públicas, o procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, disse que os recursos desviados em esquemas de corrupção no Brasil tiveram devolução de R$ 2 bilhões, e 200 pessoas foram indiciadas.
Mas a corrupção tirou dos cofres públicos algo em torno de R$ 200 bilhões nos últimos anos. Finalmente, por que delatores sorridentes - quase debochadamente - em seus depoimentos divulgados não estão presos?
Se o presidente Michel Temer (PMDB) não ficar no cargo, qual será a linha sucessória que vigorará, dentro da Constituição? Casuísmos não podem ser adotados, não em um Congresso com dezenas de parlamentares citados também em delações premiadas. O mais certo, em delações de criminosos.
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