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- Publicada em 16 de Maio de 2017 às 22:12

Início da reforma depende de base nacional curricular

Buffon diz que CEEd quer promover debate com a sociedade gaúcha

Buffon diz que CEEd quer promover debate com a sociedade gaúcha


MARCELO G. RIBEIRO/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Isabella Sander
Com mais perguntas do que respostas, o Conselho Estadual de Educação (CEEd) apresentou ontem à imprensa sua visão e suas preocupações a respeito das mudanças propostas pelo governo federal para o Ensino Médio. O presidente do conselho, Domingos Antônio Buffon, informa que a entidade tem recebido denúncias de escolas que já estão implementando a reforma antes de aprovada a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), parando de oferecer, por exemplo, o Espanhol em seu currículo. "Não pode. Avaliaremos cada caso e poderemos adotar sanções. O prazo para a implantação começa a contar a partir da aprovação da base curricular", afirma.
Com mais perguntas do que respostas, o Conselho Estadual de Educação (CEEd) apresentou ontem à imprensa sua visão e suas preocupações a respeito das mudanças propostas pelo governo federal para o Ensino Médio. O presidente do conselho, Domingos Antônio Buffon, informa que a entidade tem recebido denúncias de escolas que já estão implementando a reforma antes de aprovada a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), parando de oferecer, por exemplo, o Espanhol em seu currículo. "Não pode. Avaliaremos cada caso e poderemos adotar sanções. O prazo para a implantação começa a contar a partir da aprovação da base curricular", afirma.
O CEEd publicou parecer no dia 10 de maio com orientações quanto à oferta do novo Ensino Médio. "Há muitas dúvidas. Queremos tranquilizar todos, para que tenham ciência do processo de transição, por isso fizemos esse parecer", relata Buffon.
Os sistemas de ensino deverão estabelecer um cronograma de implementação das alterações durante o ano letivo subsequente à aprovação da BNCC. A efetivação da implementação só se dará a partir do segundo ano letivo subsequente. Há cerca de 50 questões a serem regulamentadas por regimentos internos antes de se pôr em prática a reforma.
O secretário nacional de Educação Básica, Rossieli Soares da Silva, estima que o documento final da base curricular será entregue ao Conselho Nacional de Educação para análise entre outubro e novembro. Se o prazo se confirmar, Buffon acredita que a BNCC seja publicada oficialmente em 2018, o que faria com que 2019 fosse o ano para apresentação do cronograma e em 2020 fosse iniciada a implementação em si.
Uma das principais preocupações do CEEd é com o fato de que 73% dos municípios gaúchos têm apenas uma escola estadual, o que dificultaria a oferta dos cinco itinerários previstos. Com a reforma, parte do currículo será igual em todas as escolas, e parte será guiada por esses itinerários, ou seja, áreas nas quais o aluno quer se aprofundar. As cinco grandes áreas são Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Formação Técnica e Profissional. "Queremos promover um grande debate na sociedade gaúcha, para encontrar formas de viabilizar a implantação e dar mais qualidade ao ensino", aponta.
Uma das alternativas seria, por exemplo, oferecer itinerários integrados. "Com o congelamento dos gastos durante 20 anos, as escolas terão menos dinheiro do que têm hoje para implantar um sistema ampliado", observa Buffon. O Rio Grande do Sul, pelo menos, tem uma vantagem: já ampliou sua carga horária de 800 para mil horas/aula por ano.
Atualmente, é obrigatória a oferta de duas línguas estrangeiras, sendo uma o Espanhol. Com a mudança, a obrigação será o Inglês. "Em nível estadual, não acreditamos que essa seja uma boa mudança, porque temos muita proximidade com países que falam esse idioma. Pensamos em colocar o Espanhol como obrigatório na categoria Cultura Diversificada, onde entram as realidades locais", explica o presidente do conselho.
A carga horária deverá ser progressivamente ampliada para pelo menos 1,4 mil horas/aula por ano, o equivalente a sete horas diárias. Do total de horas/aula, 60% serão de conteúdo obrigatório e 40%, compostas por itinerário formativo.
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