Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 01 de Maio de 2017 às 18:13

ONU exige ações do Brasil contra escalada de violência no campo

O alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, manifestou ontem preocupação com os ataques contra defensores de direitos humanos e com a escalada de violência nos conflitos no campo no Brasil. "O Estado precisa lidar com a impunidade", disse, exigindo do País avanço nas investigações de crimes e mecanismos de proteção a indígenas e ativistas do campo.
O alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, manifestou ontem preocupação com os ataques contra defensores de direitos humanos e com a escalada de violência nos conflitos no campo no Brasil. "O Estado precisa lidar com a impunidade", disse, exigindo do País avanço nas investigações de crimes e mecanismos de proteção a indígenas e ativistas do campo.
Hussein mencionou, em especial, a chacina de nove trabalhadores rurais ocorrida no final de abril, na área rural de Colniza, no Mato Grosso. Os assassinos estavam encapuzados e nenhum responsável pelo crime foi apontado até o momento.
As declarações ocorrem na semana em que está previsto um exame sobre a política social brasileira nos últimos cinco anos. No encontro, marcado para sexta-feira em Genebra, na Suíça, o Brasil será cobrado sobre uma série de temas - entre eles, a proteção aos defensores de direitos humanos. Países como Bélgica, República Checa, Holanda e Reino Unido já confirmaram a intenção de interrogar o Brasil sobre proteção a ativistas e respeito a direitos dos povos indígenas.
Ontem, o Conselho Indigenista Missionário denunciou um ataque contra indígenas do povo Gamela, ocorrido no município de Viana, no Maranhão. Segundo os missionários, 13 indígenas foram feridos a tiros e golpes de facão. Pelo menos um deles teve as mãos decepadas, e três estão internados em estado grave. O território reivindicado pelo povo Gamela não está demarcado pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
Dados da Comissão Pastoral da Terra apontam um total de 61 pessoas mortas em conflitos no campo em 2016. O número é o segundo maior em 25 anos, superado apenas por 73 mortos registrados em 2003. Somente no Maranhão, foram registrados 196 episódios de violência, com 13 assassinatos e 72 ameaças de morte. Do total de vítimas no País, 17 eram jovens com menos de 29 anos, enquanto outros 13 eram indígenas. Todas as formas de violência apuradas pelo levantamento tiveram aumento de incidência no período.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO