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ESPECIAL

- Publicada em 02 de Junho de 2017 às 18:11

Experiências permitem harmonia com a natureza

Antiga fazenda foi transformada em recanto de lazer, gastronomia e contemplação da natureza

Antiga fazenda foi transformada em recanto de lazer, gastronomia e contemplação da natureza


HENRIQUE MÖLLER/DIVULGAÇÃO/JC
Quem tem a oportunidade de conhecer o Parque Estadual de Itapuã, localizado em Viamão, não se arrepende. Lindas paisagens, o cheiro de mato e a tranquilidade de poder aproveitar a natureza, tudo isso a poucos quilômetros de Porto Alegre. Foi pensando assim que o designer gráfico Henrique Theo Möller, 46 anos, reinventou as terras da família e abriu as portas de O Butiá, uma antiga fazenda transformada em recanto de lazer e gastronomia. "A ideia era aproveitar a propriedade, comprada por meu bisavô no século passado e que estava em estado de quase abandono, para que as pessoas pudessem conhecer Itapuã, que considero um paraíso esquecido", conta.
Quem tem a oportunidade de conhecer o Parque Estadual de Itapuã, localizado em Viamão, não se arrepende. Lindas paisagens, o cheiro de mato e a tranquilidade de poder aproveitar a natureza, tudo isso a poucos quilômetros de Porto Alegre. Foi pensando assim que o designer gráfico Henrique Theo Möller, 46 anos, reinventou as terras da família e abriu as portas de O Butiá, uma antiga fazenda transformada em recanto de lazer e gastronomia. "A ideia era aproveitar a propriedade, comprada por meu bisavô no século passado e que estava em estado de quase abandono, para que as pessoas pudessem conhecer Itapuã, que considero um paraíso esquecido", conta.
Desde 2013, o local recebe visitantes para almoços, piqueniques, passeios de barco e trilhas guiadas pelo parque, sempre aos sábados, domingos e feriados, mediante reserva (saiba mais no site www.obutia.com). Em uma região com características únicas, Möller decidiu compartilhar a experiência de proximidade com o Guaíba e de uma infância de banhos nas águas do lago. "Muita gente vem aqui, mas não sabe se a água é limpa ou não. É limpa. Não precisa ter medo. O rio faz parte da nossa cidade, deveria fazer parte das nossas vidas também", afirma Möller.
E quem foi, aprovou. O jornalista Cristiano Dalcin, 42 anos, conheceu O Butiá com os amigos e faz planos de voltar. "É um lugar fantástico pra almoçar, pra se jogar na grama ou nas cadeiras espreguiçadeiras que têm por lá, ou pra parar e escutar os sons que a gente quase esquece que ainda existem", revela.
Segundo ele, Porto Alegre tem o Guaíba, mas poucas pessoas têm acesso a ele, e a região, com o lago e as paisagens, é perfeita para esquecer da correria do dia a dia. "Dá pra sentir a essência rural do lugar e, apesar deste jeito de interior, basta dar alguns passos para estar dentro de um restaurante com pratos refinados", comenta.
Esta busca pela proximidade com a natureza também resultou em outra iniciativa de sucesso. Há cerca de dois anos, a professora de yoga Loraine Luz ministra aulas junto ao espaço da Floricultura Winge, localizada no bairro Tristeza, na Capital. "Tive essa ideia de praticar entre flores e o verde por entender que o yoga trabalha na gente o que o contato com a natureza nos proporciona, favorecendo a introspecção, a auto-observação, a contemplação de nós mesmos como parte de um todo", relata.
Ao ser procurado pela professora, o proprietário Walter Winge acreditou na ideia, e não se arrepende. "Achei muito interessante, e ver que as pessoas podem desfrutar deste local especial é gratificante", destaca o empresário, que já é a quarta geração da família à frente da floricultura, com mais de um século de existência.
Loraine reforça que o contato com a natureza desperta diferentes sensações em quem pode usufruir da experiência. "Qualquer pessoa que passe algum tempo num parque tranquilo, numa floresta, na praia, onde tenha muito verde, percebe uma sensação de expansão, de soltura de amarras, tudo meio que se redimensiona. Afastados dos concretos e das telas de laptops e celulares, nos damos conta de que a realidade é muito maior. Cenário externo e interno se harmonizam. E a natureza parece que nos protege", comenta.
Ela acredita ainda que esta crescente procura por maior contato com a natureza pode ser uma válvula de escape na correria diária.
Mas, para alguns, representa a necessidade real de mudanças. "Muitas pessoas querem reajustar os hábitos e colocar em prática a resposta para a pergunta "o que é que realmente tem valor pra mim"? Não é um virada fácil, mas viver numa correria constante também não tem sido, né?", indaga a professora.

Benefícios do exercício em contato com o verde

Laura aproveita o ar puro e as aulas para se conectar consigo

Laura aproveita o ar puro e as aulas para se conectar consigo


FREDY VIEIRA/FREDY VIEIRA/JC
A secretária Laura Maynart, 53 anos, teve o primeiro o contato com a yoga há 14 anos e, há um ano e meio, frequenta as aulas na Floricultura Winge, onde pode contar com os benefícios da prática e do contato com a natureza. "Fiquei sabendo pelas redes sociais e encontrei um lugar perfeito para praticar, cheio de árvores e flores, silêncio e o ar mais puro. Tem tudo a ver com yoga, pois me conecto comigo e com a natureza", diz.
Esta também é a impressão de Simone Ricardo Fernandes, 38 anos, apaixonada pela atividade já há cinco anos. "Temos contato a céu aberto com a grama, com as flores e as árvores", descreve a enfermeira. Ela encoraja quem pensa em experimentar: "Não precisa ter experiência, basta querer desacelerar um pouquinho para olhar pra dentro de si de forma instruída, planejada, organizada".

Sustentabilidade aplicadana prática

Proprietários do O Butiá, Henrique e Desirée tiram da vivência no meio rural a real dimensão de sustentabilidade

Proprietários do O Butiá, Henrique e Desirée tiram da vivência no meio rural a real dimensão de sustentabilidade


LETÍCIA REMIÃO/LETÍCIA REMIÃO/DIVULGAÇÃO/JC
Sustentabilidade define ações que visam suprir as necessidades dos seres humanos, sem comprometer as próximas gerações. Mas, na prática, como fica? Na sua experiência com o meio rural no restaurante O Butiá, onde divide a administração com a esposa Desirée, Henrique Möller explica que o ciclo das ações é mais curto do que na cidade, dando real dimensão do que é ser sustentável. "Na cidade, a gente não tem contato com o lixo, não sente o cheiro, não carrega de um lugar para o outro como aqui", diz o empresário, que encontrou na separação dos dejetos destinos diferentes para as sobras. "A matéria orgânica vai para a composteira; os plásticos, para reciclagem; etc. No final do dia, o volume que sobra é muito pequeno", explica.
Ele também destaca a aplicação do conceito "quilômetro zero", adquirindo insumos da própria região, estimulando a produção local e reduzindo custos de transporte. "E, com o tempo, percebemos que a medida traz benefícios concretos para a gente também", completa Möller,