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Economia

- Publicada em 31 de Maio de 2017 às 14:29

CGTEE não fará investimento volumoso na Fase B

Companhia estima em R$ 450 milhões o custo para adequar a usina aos limites de impacto ambiental

Companhia estima em R$ 450 milhões o custo para adequar a usina aos limites de impacto ambiental


ARQUIVO ELETROBRAS CGTEE/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
Desligada desde 28 de fevereiro, em atendimento ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ibama e outras instituições, a usina Fase B, do complexo termelétrico a carvão de Candiota, precisaria de um aporte de cerca de R$ 450 milhões para se adaptar à legislação. A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) informa que não pretende aplicar esses recursos, devido à inviabilidade do retorno do investimento. Além disso, outra térmica da empresa, a Fase A, tem sua interrupção prevista para ocorrer em 31 de dezembro deste ano.
Desligada desde 28 de fevereiro, em atendimento ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ibama e outras instituições, a usina Fase B, do complexo termelétrico a carvão de Candiota, precisaria de um aporte de cerca de R$ 450 milhões para se adaptar à legislação. A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) informa que não pretende aplicar esses recursos, devido à inviabilidade do retorno do investimento. Além disso, outra térmica da empresa, a Fase A, tem sua interrupção prevista para ocorrer em 31 de dezembro deste ano.
Segundo a estatal federal, essas unidades geradoras apresentam baixa eficiência operacional, alto custo e não atendem aos padrões de emissões exigidos pelo órgão ambiental. A Fase A, que possui dois equipamentos com capacidade para gerar até 63 MW cada um, foi inaugurada em 1974.
Já a Fase B, com duas unidades de 160 MW cada, iniciou as operações em 1986. O total de potência das estruturas somadas, 446 MW, corresponde a aproximadamente 11% da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul.
O presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, atesta que essa proposta de adaptação, que envolve um investimento tão vultoso, não é viável economicamente.
O dirigente defende que seja implementado pelo governo federal um modelo de substituição das termelétricas mais velhas por usinas mais novas. O executivo revela que a perspectiva é de que o Plano Decenal de Energia (PDE) 2026, que está sendo avaliado pelo Ministério de Minas e Energia, contemple uma sugestão nesse sentido.
Zancan afirma que não se pode abrir mão dessa energia firme (que não oscila com as condições climáticas, como a eólica e a hidreletricidade). O presidente da ABCM recorda que, recentemente, outras duas usinas gaúchas a carvão já foram tiradas do sistema elétrico, as termelétricas de Charqueadas e a de São Jerônimo.
Para o dirigente, o ideal para as Fases A e B seria fechar um acordo com o Ibama, tentando reduzir as emissões, sem grandes investimentos, mantendo as plantas por mais um ou dois anos, possibilitando pelo menos a realização de um novo leilão de energia envolvendo projetos a carvão. Porém, uma disputa como essa não garantiria que eventuais novas usinas fossem instaladas necessariamente em Candiota. Os complexos vencedores podem sair de outras regiões como, o Baixo Jacuí ou Santa Catarina.
 
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