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Economia

- Publicada em 24 de Maio de 2017 às 13:51

Colchão dá flexibilidade para atuar nesse momento sem riscos, diz Tesouro

Agência Estado
O coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública, Luiz Fernando Alves, disse que o caixa do Tesouro Nacional está próximo do teto do chamado colchão de liquidez, ou seja, tem recursos para cobrir os próximos seis meses de vencimentos de título o que dá flexibilidade para o órgão atuar em momentos de volatilidade. "Podemos continuar presentes no mercado neste momento que requer maior cautela", afirmou. A política do Tesouro é manter em caixa recursos para cobrir de três a seis meses dos títulos vencendo da dívida.
O coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública, Luiz Fernando Alves, disse que o caixa do Tesouro Nacional está próximo do teto do chamado colchão de liquidez, ou seja, tem recursos para cobrir os próximos seis meses de vencimentos de título o que dá flexibilidade para o órgão atuar em momentos de volatilidade. "Podemos continuar presentes no mercado neste momento que requer maior cautela", afirmou. A política do Tesouro é manter em caixa recursos para cobrir de três a seis meses dos títulos vencendo da dívida.
A coordenadora de Operações da Dívida Pública Federal, Márcia Tapajós, disse que a decisão do Tesouro Nacional de cancelar leilões de títulos previstos para quinta-feira está em linha com a estratégia de cautela na atuação neste momento ainda de incertezas. "Entendemos que é prudente o Tesouro ser cauteloso e observar como que o mercado vai reagir nos próximos dias", completou.
De acordo com a coordenadora, os leilões extraordinários feitos nos últimos dias não impactam a estratégia para o ano. Nos três leilões entre o dia 19 e terça-feira, houve resgate líquido de R$ 2,110 bilhões. "Operações dessa magnitude não fazem qualquer alteração na estrutura do Plano Anual de Financiamento (PAF)", completou.
Márcia disse que a ação coordenada com o BC para reduzir a volatilidade do mercado foi "bastante eficiente" e mostra a preocupação dos órgãos em monitorar o mercado. "Olhamos com cuidado o mercado e atuamos sempre que enxergamos desfuncionalidade", completou.
O Tesouro evitou fazer comparações entre a crise aberta pela delação da JBS, na quarta-feira passada, que envolveu o presidente Michel Temer, e outros momentos de volatilidade em que houve atuação do órgão, como o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a crise de 2008. "Não dá para fazer essa comparação", afirmou o coordenador-geral de controle da Dívida, André Proite.
Apesar da "disfuncionalidade" do mercado financeiro após o estouro da crise política com a divulgação das delações dos executivos da JBS, Márcia Tapajós observou que o Tesouro Nacional não se deparou com um mercado "extremamente vendedor". Segundo ela, alguns papéis tiveram apenas compradores e o resgate líquido final de R$ 2,11 bilhões foi considerado um resultado bastante eficiente e totalmente adequado à estratégia implementada.
"A dificuldade no mercado não era posição vendedora, mas sem referência de preços. Nesse caso, o Tesouro entra auxiliando, não definindo preços", disse Márcia.
Segundo a coordenadora, se o mercado estivesse muito estressado, o Tesouro teria feito leilão apenas de recompra. Mas a estratégia adotada foi fazer o "cruzamento de compra com venda". "Objetivo era dar parâmetros para mercado se organizar, dar auxílio ao mercado nesse preço", explicou.
Alguns vencimentos dos papéis oferecidos nos leilões extraordinários não tiveram negócios, justamente porque não houve o casamento entre ofertas de compra e venda. Para as LTNs de abril/2018 e abril/2019 e para as NTN-Bs com vencimento em maio/20135 e maio/2055, o Tesouro recebeu apenas ofertas de compra.
"Majoritariamente eram propostas para que o Tesouro apenas vendesse esses títulos", disse Márcia. "O mercado estava disfuncional, mas tem investidores querendo comprar papel. Essa não é a atuação que pretendíamos, entendemos que mercado vai se ajustar em algum momento. Não observamos mercado extremamente vendedor", acrescentou a coordenadora. Nos leilões extraordinários, o Tesouro ofertou apenas papéis que fazem parte já dos leilões tradicionais.
Márcia reafirmou que o Tesouro entendeu como necessária mais cautela na atuação no mercado financeiro após os "eventos políticos" do dia 17 de maio. "Optamos conjuntamente por fazer ação coordenada com o Banco Central", disse.
O custo médio das emissões da dívida pública interna caiu a 12,24% ao ano em abril. Foi o menor valor observado desde abril de 2015, destacou a coordenadora de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional. Em março, esse custo havia ficado em 12,62%.
O custo médio de emissão em oferta pública da dívida pública mobiliária interna é um indicador que reflete a taxa interna de retorno (TIR) dos títulos do Tesouro Nacional no mercado doméstico, mais as variações de seus indexadores, considerando apenas as colocações de títulos em leilões nos últimos 12 meses.
Já a rentabilidade dos títulos públicos federais caiu de 18,84% em março para 16,48% em abril, segundo o Tesouro Nacional. O indicador é calculado em parceria com a Anbima. Segundo Márcia, todos os papéis tiveram queda em sua rentabilidade, embora essa redução tenha sido menor nos títulos atrelados à Selic.
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