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Conjuntura

- Publicada em 14 de Maio de 2017 às 21:54

Temer diz que meta é redução do desemprego

Presidente está seguro de que aprovará reforma da Previdência

Presidente está seguro de que aprovará reforma da Previdência


EVARISTO SA/EVARISTO SA/AFP/JC
O presidente Michel Temer condiciona o sucesso de seu governo à redução, até o fim de 2018, do número de desempregados. Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14,2 milhões de brasileiros estão nessa situação. Embora avalie que a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência será muito importante para a retomada do emprego, a derrota no Congresso de uma ou outra não definirá o sucesso do mandato. "O meu principal objetivo é combater o desemprego. Se não conseguir, aí sim, você pode dizer que o governo não deu certo. Não é por causa da Previdência."
O presidente Michel Temer condiciona o sucesso de seu governo à redução, até o fim de 2018, do número de desempregados. Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14,2 milhões de brasileiros estão nessa situação. Embora avalie que a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência será muito importante para a retomada do emprego, a derrota no Congresso de uma ou outra não definirá o sucesso do mandato. "O meu principal objetivo é combater o desemprego. Se não conseguir, aí sim, você pode dizer que o governo não deu certo. Não é por causa da Previdência."
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada ontem, Temer afirmou que, pelas projeções das áreas econômica e trabalhista, a retomada lenta do emprego deve começar no quarto trimestre. O presidente está seguro de que aprovará as reformas trabalhista e previdenciária no Congresso. Disse acreditar que o PMDB fechará questão para obrigar seus deputados a votarem a favor da reforma da Previdência e minimizou o impacto das críticas do líder do partido no Senado, Renan Calheiros. "O Renan agora já está comigo."
Temer voltou a defender seus ministros citados nas delações da Lava Jato, mesmo com prejuízo para a imagem do governo. "Aqui têm pessoas mencionadas que são da melhor qualificação administrativa, prestam um serviço extraordinário. É um custo-benefício que compensa."
Em relação ao seu papel na disputa presidencial em 2018, Temer disse que vai depender do êxito do governo. "Se eu estiver bem, é claro que todos virão me procurar em busca de apoio. Se eu estiver mal, ninguém vai querer se aproximar." Ele afirmou que já não se incomoda tanto com os movimentos que pedem a sua saída. "Ficou simpático este Fora, Temer. Eu acho que vou sentir falta."

Bolsa Família será reajustado acima da inflação a partir de julho

O presidente Michel Temer deu aval, na sexta-feira, para o reajuste do Bolsa Família acima da inflação acumulada até junho, a partir de 1 de julho. E o governo vai aproveitar o anúncio para lançar um pacote de medidas de estímulo à inclusão dos beneficiários do programa no mercado de trabalho.
O Palácio do Planalto quer incentivar a formalização do emprego nas famílias que recebem recursos do programa de transferência de renda, que foi vitrine do governo do ex-presidente Lula. De acordo com os dados do IBGE, até abril, a inflação medida pelo IPCA acumula o índice de 4,08% em 12 meses.
Quem estiver no Bolsa Família e conseguir emprego com carteira assinada vai poder continuar recebendo o benefício por mais dois anos, desde que a remuneração não ultrapasse três salários-mínimos. Se perder o emprego nesse período, poderá automaticamente retornar ao programa. O número de inscrição continuará válido.
O pacote inclui a permanência de agentes do Sebrae nas cidades ou microrregiões do País para assessorar os participantes do programa a buscarem pequenos negócios. Uma linha de financiamento, que pode chegar a R$ 1 bilhão, será oferecida.
O Bolsa Família, assim como o auxílio-doença, está passando por um pente-fino para identificar se os beneficiários têm realmente direito à ajuda. Isso contribuiu para zerar a fila das pessoas que aguardam para ingressar.
O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, avaliou que o Bolsa Família é hoje o maior responsável pela não formalização do emprego. "As pessoas têm medo de perder o Bolsa", disse. Ele deu como exemplo tratoristas de plantações no Sul do País que não querem ter carteira assinada para não perder o benefício. Segundo o ministro, o programa deixou de ter "viés estatista". "No governo anterior, o Estado era obrigado a manter as famílias pura e simplesmente." Os prefeitos que facilitarem a inclusão produtiva dos beneficiários serão premiados.
O pacote de medidas, que está sendo costurado desde o ano passado, será anunciado em junho. "Vai ter reajuste em julho acima da inflação. É uma decisão. Tem que ver quanto vai ser a inflação em 12 meses para a gente poder fixar o valor", disse Terra. Segundo ele, quando o governo Temer assumiu, um quarto do valor do Bolsa Família tinha sido corroído pela inflação e a falta de reajustes. No ano passado, o programa teve reajuste de 12,5% depois de dois anos sem aumento.
O ministro informou que o orçamento de R$ 30 bilhões do programa já prevê o dinheiro para bancar o reajuste, que não foi afetado pelo corte de despesas. "Focalizamos em quem precisava realmente. Nunca tínhamos zerado a fila." De maio a abril, os benefícios de 2,88 milhões de famílias foram cancelados, e outras 2,17 milhões de famílias ingressaram no programa. A média do benefício pago é de R$ 182,00 por família.