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Economia

- Publicada em 08 de Maio de 2017 às 19:02

Cade aprova compra da Brasil Kirin pela cervejaria holandesa Heineken

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da Brasil Kirin, dona da Nova Schin, pela holandesa Heineken. Com isso, o grupo ocupará a segunda posição entre as cervejarias do País, atrás apenas da Ambev. Em parecer publicado nos autos do processo, a superintendência-geral do Cade analisou que a fusão não causaria prejuízos à concorrência no mercado de cervejas.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da Brasil Kirin, dona da Nova Schin, pela holandesa Heineken. Com isso, o grupo ocupará a segunda posição entre as cervejarias do País, atrás apenas da Ambev. Em parecer publicado nos autos do processo, a superintendência-geral do Cade analisou que a fusão não causaria prejuízos à concorrência no mercado de cervejas.
Na análise de mercado, o conselho concluiu que a maioria das principais produtoras de cerveja instaladas no Brasil "têm considerável capacidade ociosa, de forma que poderiam expandir sua produção para atender desvios de demanda decorrentes de um eventual aumento de preços" por parte da nova empresa. Para o Cade, as principais concorrentes do grupo são o grupo Petrópolis e, principalmente, a Ambev.
O Cade avaliou que as principais marcas da Heineken e da Brasil Kirin possuem atuação complementar, em mercados diferentes: a Heineken tem um posicionamento "premium", enquanto a Nova Schin, principal marca da Brasil Kirin, possui um posicionamento mais popular, com preços inferiores. "As demais marcas que as duas empresas detêm tentam preencher o posicionamento de mercado das empresas, mas não possuem participação relevante. Assim, pós-operação, haveria uma complementariedade dos portfólios."
O conselho comparou o cenário com o da principal concorrente do grupo, a Ambev. Segundo o Cade, a gigante do mercado de cervejas tem marcas relevantes em todos os segmentos e uma participação de mercado acima de 60%, com "marcas de grande reconhecimento do público e forte penetração em vários segmentos". Já a Petrópolis tem uma penetração inferior à da Ambev, mas é considerada um "player capaz de contestar as requerentes pós-operação".
Outro item considerado pelo Cade é que, nos últimos anos, a Brasil Kirin não tem se mostrado capaz de rivalizar com as grandes empresas e tem perdido participação de mercado. "Assim, a aquisição pela Heineken de um player relevante, mas claramente com posição de mercado bastante inferior ao da Ambev, permitirá aumentar a capacidade competitiva tanto da Brasil Kirin como da própria Heineken, possibilitando, pelo menos em tese, a criação de um terceiro player mais efetivo no mercado de cervejas", analisou o conselho.
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