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Economia

- Publicada em 03 de Maio de 2017 às 18:55

Analistas veem alta de juros pelo Fed em junho

Agência Estado
O tom adotado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ao anunciar a manutenção da taxa dos Fed funds causou impressão quase unânime no mercado: os juros devem subir em junho. Analistas veem também pouca clareza em relação à política da instituição para reequilibrar o balanço de ativos.
O tom adotado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ao anunciar a manutenção da taxa dos Fed funds causou impressão quase unânime no mercado: os juros devem subir em junho. Analistas veem também pouca clareza em relação à política da instituição para reequilibrar o balanço de ativos.
Na tarde desta quarta-feira (3), o Fed manteve a taxa dos Fed funds inalterada na faixa entre 0,75% e 1,00%. A taxa de desconto permaneceu em 1,50%. De acordo com a instituição, a desaceleração da economia americana, atestada na leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no primeiro trimestre, é provavelmente "transitória". A instituição disse ainda que os fundamentos por trás do crescimento do consumo continuam sólidos.
Ao ressaltar que aposta na alta dos juros pelo Fed na reunião do dia 14 de junho, a consultoria Pantheon Macroeconomics acredita que a instituição "deixa muito claro que não leva a sério a desaceleração relatada no primeiro trimestre".
No mesmo sentido, a consultoria Capital Economics disse que o Fed reforçou o tom 'hawkish' (favorável ao endurecimento da política monetária) e deve aumentar os juros na próxima reunião.
Analistas do banco Brown Brothers Harriman (BBH) foram ainda mais enfáticos. Eles destacaram a quase falta de novidades em relação ao comunicado de março, excetuando algumas modificações que não mudaram o tom geral do texto. Eles ressaltaram ainda que os futuros dos Fed Funds estão posicionados nesse mesmo sentido.
De acordo com dados do CME Group, as chances de uma elevação em junho subiram levemente para 75,2%, de 70,7% antes do comunicado.
Divergências e balanços
Há, no entanto, divergências sobre se na reunião de junho será anunciado um novo aperto monetário. Para o Bank of America Merryl Lynch (BofA), o indicativo de uma alta nas taxas no próximo mês não está claro e o Fed aposta que os gastos dos consumidores e o PIB voltem a crescer a um ritmo mais sólido.
Ao ressaltar a aposta que o Fed somente vai elevar os juros em setembro e dezembro, o Credit Suisse acredita que os formuladores de política monetária americana aguardarão a confirmação da melhora da dinâmica de dados no segundo trimestre.
Sobre a necessidade de reequilíbrio do balanço do Fed, vocalizada por alguns dirigentes, os analistas afirmaram que ela ainda está pouco nítida para o mercado.
A consultoria IHS Markit acredita que a venda de ativos comece no final deste ano ou no início do próximo.
Já o Deutsche Bank projeta que a ata da reunião desta quarta-feira, a ser divulgada em 24 de maio, pode trazer discussões a respeito de como será feito o reequilíbrio do balanço, estimado em US$ 4,5 trilhões.
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