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Economia

- Publicada em 02 de Maio de 2017 às 19:36

Saldo comercial deve ser de US$ 55 bilhões

Operação Carne Fraca comprometeu embarques do produto

Operação Carne Fraca comprometeu embarques do produto


MAURICIO LIMA/AFP/JC
O governo projeta um superávit de US$ 55 bilhões para a balança comercial brasileira em 2017. A previsão foi divulgada ontem pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Comércio Exterior e Serviços, Abrão Neto. De janeiro a abril deste ano, a balança acumula superávit de US$ 21,387 bilhões. Se confirmado, o valor superará o saldo positivo de US$ 47,69 bilhões registrado em 2016, que atualmente representa o maior superávit da balança desde o início da série histórica, em 1989.
O governo projeta um superávit de US$ 55 bilhões para a balança comercial brasileira em 2017. A previsão foi divulgada ontem pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Comércio Exterior e Serviços, Abrão Neto. De janeiro a abril deste ano, a balança acumula superávit de US$ 21,387 bilhões. Se confirmado, o valor superará o saldo positivo de US$ 47,69 bilhões registrado em 2016, que atualmente representa o maior superávit da balança desde o início da série histórica, em 1989.
Abrão apresentou a estimativa ao comentar os dados de abril da balança comercial. No mês passado, houve saldo positivo comercial de US$ 6,969 bilhões, o melhor para meses de abril desde 1989. O resultado foi possível graças ao aumento de 27,8% das exportações ante abril de 2016, segundo o critério da média diária, que leva em conta o valor negociado por dia útil. "É a maior taxa de crescimento para meses de abril desde 2011", afirmou o secretário.
Entre os destaques nas vendas externas no mês estão soja, minério de ferro, petróleo bruto, automóveis de passageiros e aviões. "Para a soja houve recorde mensal no volume de embarques, que ficou em 10,4 milhões de toneladas", acrescentou Abrão Neto.
No primeiro quadrimestre deste ano, segundo o secretário, alguns produtos da pauta de exportações tiveram recorde no volume vendido ante igual período do ano passado. Foram registradas, ainda, elevações nos preços. "Houve recorde no volume de soja em grão, minério de ferro e petróleo bruto. Foi o maior volume exportado no primeiro quadrimestre, além de aumento de preços", disse. O valor vendido em automóveis também foi recorde para os primeiros quatro meses do ano, registrando elevação de 48,6%.
A quantidade exportada do grupo carne - bovina, suína e de frango - caiu em abril. Segundo Abrão Neto, o resultado ainda pode ser efeito da Operação Carne Fraca, deflagrada em março pela Polícia Federal. Segundo ele, contudo, este não é o único motivo a influenciar a queda. Houve recuo de 13,3% na quantidade de carne vendida em abril deste ano na comparação com abril de 2016, segundo o critério da média diária, que leva em conta a quantidade de carne vendida por dia útil. "Todos acompanharam a Operação Carne Fraca. Houve uma ação muito pronta do governo e, ao longo do tempo, espera-se normalização. Mas houve impacto no volume, e pode haver uma relação. No entanto há outros elementos. Em alguns casos, como o da carne bovina, existe restrição de pagamento em alguns países, como o Egito", afirmou Abrão.
Em abril, as importações brasileiras cresceram 13,3% em relação a abril de 2016, segundo o critério da média diária. De acordo com o secretário, a alta nas aquisições dos chamados bens intermediários (16,5%), utilizados pela indústria na produção, sinaliza uma recuperação da economia. "O perfil das importações sinaliza um crescimento da economia, dada a retomada dessa importação de insumo."
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