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Repórter Brasília

- Publicada em 30 de Maio de 2017 às 22:17

Reforma política já


EVARISTO SA/AFP/JC
O embaixador e ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa Celso Amorim (foto) defende Diretas Já para "devolver a legitimidade ao poder público". Embaixador nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (ambos do PT), mas com participação como ministro do Itamaraty no governo de Itamar Franco (PMDB) e como diplomata no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Amorim diz que a saída para a crise política é lideranças como Lula e Fernando Henrique sentarem e dialogarem. O diplomata alerta que "é muito difícil imaginar que um deputado vai votar contra o sistema que o elegeu". Na opinião de Celso Amorim, a percepção pública é que os parlamentares não têm legitimidade para escolher um novo presidente. Para a reforma do sistema político eleitoral, o ex-ministro defendeu uma Constituinte exclusiva. Do "ponto de vista geopolítico, ele avalia que o Brasil não tem mais nenhuma influência em discussões internacionais". 
O embaixador e ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa Celso Amorim (foto) defende Diretas Já para "devolver a legitimidade ao poder público". Embaixador nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (ambos do PT), mas com participação como ministro do Itamaraty no governo de Itamar Franco (PMDB) e como diplomata no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Amorim diz que a saída para a crise política é lideranças como Lula e Fernando Henrique sentarem e dialogarem. O diplomata alerta que "é muito difícil imaginar que um deputado vai votar contra o sistema que o elegeu". Na opinião de Celso Amorim, a percepção pública é que os parlamentares não têm legitimidade para escolher um novo presidente. Para a reforma do sistema político eleitoral, o ex-ministro defendeu uma Constituinte exclusiva. Do "ponto de vista geopolítico, ele avalia que o Brasil não tem mais nenhuma influência em discussões internacionais". 
Mudar o Congresso
Para o experiente embaixador, "temos outro problema grave. É preciso também mudar o próprio Congresso Nacional; e para que isso tenha efetividade, é preciso mudar também as regras. Já houve um passo importante, que foi reduzir, ou eliminar, o financiamento empresarial; mas, enquanto você tiver um sistema proporcional ou uninominal, que é muito caro para cada candidato ser eleito, a demanda por recursos é muito grande, e quando a demanda por recursos é muito grande, estes recursos acabam aparecendo, seja por que caixa for", acentuou.  
Sistema eleitoral 
Respondendo a uma questão do âncora, Milton Jung, da CBN, sobre quais as mudanças necessárias no sistema político eleitoral, Celso Amorim afirmou: "olha, eu não sou um mago. Existem vários sistemas no mundo, e nenhum é perfeito. Existem duas hipóteses que eu considero. Eu tenho preferência por uma, mas eu acho que as duas são viáveis e já foram defendidas no passado pelos dois maiores partidos que têm mais clareza ideológica, vamos dizer assim, PT e PSDB. Um é o sistema em lista, que você vota no partido, e aí já com uma lista preestabelecida. Hoje, os candidatos negam, escondem os partidos a que pertencem", criticou. Para Amorim, o outro sistema que permite o fortalecimento do partido, uma personalização do voto, mas de uma maneira muito mais barata que o voto no Brasil, é o sistema alemão, que é o chamado sistema distrital misto, onde você vota ao mesmo tempo numa lista e num candidato do seu distrito.
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