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Jornal da Lei

- Publicada em 10 de Maio de 2017 às 13:47

Aumentar o pessoal ainda é necessidade da Defensoria

Cristiano Vieira Heerdt aposta na humanização do atendimento à comunidade

Cristiano Vieira Heerdt aposta na humanização do atendimento à comunidade


CLAITON DORNELLES /JC
Laura Franco
No dia 19 de maio se comemora o dia do defensor público e da Defensoria Pública. Desde o surgimento da profissão, com a Constituição de 1988, as atribuições do profissional ficaram cada vez maiores. Para atender à grande demanda que só vem crescendo, o órgão teve que ser ampliado. Em entrevista ao Jornal da Lei, o defensor público-geral do Rio Grande do Sul, Cristiano Vieira Heerdt, aponta qual é o principal papel do defensor, e como a atuação mudou ao longo dos anos.
No dia 19 de maio se comemora o dia do defensor público e da Defensoria Pública. Desde o surgimento da profissão, com a Constituição de 1988, as atribuições do profissional ficaram cada vez maiores. Para atender à grande demanda que só vem crescendo, o órgão teve que ser ampliado. Em entrevista ao Jornal da Lei, o defensor público-geral do Rio Grande do Sul, Cristiano Vieira Heerdt, aponta qual é o principal papel do defensor, e como a atuação mudou ao longo dos anos.
Jornal da Lei - Qual é o principal papel do defensor público?
Cristiano Heerdt - Hoje, atuar como um defensor público é um desafio muito grande, porque estamos em um momento de reflexão sobre o serviço público. Nosso caso é ainda mais desafiador, pelo abandono da população e pelas ameaças constantes de seus direitos. Somos a garantia de acesso ao Poder Judiciário, garantia de atender às demandas básicas da comunidade. Nossa missão é possibilitar essa assistência jurídica à população. A crise econômica trouxe consigo o desemprego e a falta de condições em geral. É nosso papel como defensoria buscar alcançar aquilo que é de direito do povo. Além disso, devemos atuar para possibilitar as relações do particular com o particular, e do particular com o poder público.
JL - O que mudou desde o surgimento da Defensoria Pública?
Heerdt - O que percebemos é que, de fato, desde 1988, estamos sendo cada vez mais valorizados. Somos mais considerados pela sociedade e pelo poder público, mas, em meio a crise, devemos recompor essa estrutura e ampliá-la. A dificuldade é alcançar meios e recursos para a expansão do atendimento. Para isso, investimos em nichos, como a estruturação física, a automação, e principalmente, a capacitação de nossos agentes. A gestão de pessoas é parte fundamental do nosso trabalho, porque nosso quadro de colaboradores se relaciona diretamente com o usuário do serviço. Isso humaniza o atendimento. Aquele que procura atendimento deve ser bem recebido, acolhido e respeitado, e precisa de estrutura humana para isso. Oferecemos, inclusive, cursos internos específicos para capacitar cada vez mais nossa equipe.
JL - O que ainda precisa melhorar dentro da instituição?
Heerdt - Precisamos aumentar o número de defensores e servidores, e melhorar nossas sedes, embora tenhamos avançado muito nesse quesito estrutural, para que a população pudesse ser melhor atendida. A melhoria é voltada, essencialmente, ao atendimento ao público, desde o ajuizamento de processos, até uma orientação básica. Não é necessário jurisdicionar, muitas pessoas nos procuram somente pedindo uma instrução, por pura falta de conhecimento. Então, além do atendimento, devemos nos preocupar em proporcionar uma educação em direitos à comunidade.
 
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