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Política

- Publicada em 27 de Abril de 2017 às 18:41

Sérgio Cabral admite uso de caixa-2 e exime mulher

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) afirmou que usou "sobras de caixa-2" de campanhas eleitorais para adquirir bens pessoais, como ternos, móveis e vestidos para sua mulher, Adriana Ancelmo.
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) afirmou que usou "sobras de caixa-2" de campanhas eleitorais para adquirir bens pessoais, como ternos, móveis e vestidos para sua mulher, Adriana Ancelmo.
Em seu primeiro depoimento em processo da Operação Lava Jato, Cabral negou ter recebido propina pela construção do Comperj, como relatado por executivos da Andrade Gutierrez em delação premiada.
Ao juiz Sérgio Moro, de Curitiba, ele reconheceu contudo que fez uso de recursos de caixa-2 eleitoral. E buscou em todo momento eximir a mulher Adriana Ancelmo de responsabilidade sobre as compras em dinheiro. "Não posso negar que uso de caixa-2 e uso de sobras de campanha de recursos. Em função de eu ter sido um político sempre com desempenho eleitoral muito forte no Estado, o financiamento acontecia... Esses fatos são reais", afirmou ele, ao explicar a origem dos recursos par adquirir bens pessoais.
"Minha mulher não tem responsabilidade sobre esses gastos. Não tem ligação nenhuma com as pessoas que estão aí. Me sinto indignado com o nome dela vinculado a esses fatos", afirmou.
Cabral também fez um discurso citando o próprio Moro ao defender "um trabalho para se ter uma outra visão sobre caixa-2, financiamento de campanha". "O senhor tem ouvido muitas observações sobre caixa-2, sobras de campanha. Isso é fato. É um fato real na vida nacional. Reconheço esse erro."
Cabral prestou depoimento no processo em que é acusado de receber propina da Andrade Gutierrez em razão das obras do Comperj. Ele negou ter tratado do complexo petromquímico da Petrobras com qualquer executivo da empreiteira.
O ex-governador disse ainda que teve uma relação "muito difícil" com a estatal durante o seu governo. "Tivemos muitas lutas, litígios entre o meu governo e a Petrobras. São fatos notórios. Tínhamos questões na Justiça por maiores receitas de royalties e participações especiais. (Pelo) Campo de Libra." O Ministério Público Federal o acusa de obter mais de R$ 300 milhões de propina pelas obras no estado do Rio de Janeiro.
 
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