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Política

- Publicada em 24 de Abril de 2017 às 18:35

OAS pagou US$ 1 mi a Lula por palestras no exterior

Léo Pinheiro presta depoimento ao juiz federal Sérgio Moro

Léo Pinheiro presta depoimento ao juiz federal Sérgio Moro


Luis Macedo /CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
O empresário Léo Pinheiro, da OAS, disse que a empreiteira "pagou mais de US$ 1 milhão" ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por palestras no exterior. Ao todo, disse o ex-presidente da OAS, foram cinco eventos, ou US$ 200 mil por palestra.
O empresário Léo Pinheiro, da OAS, disse que a empreiteira "pagou mais de US$ 1 milhão" ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por palestras no exterior. Ao todo, disse o ex-presidente da OAS, foram cinco eventos, ou US$ 200 mil por palestra.
No interrogatório a que foi submetido pelo juiz Sérgio Moro na quinta-feira passada, Pinheiro falou das palestras quando explicava detalhes até então desconhecidos da Lava Jato sobre o triplex do Condomínio Solaris, no Guarujá - cuja propriedade a força-tarefa do Ministério Público Federal atribui a Lula, o que é negado por sua defesa.
"A relação com o ex-presidente era minha, a relação com o Paulo Okamotto (presidente do Instituto Lula) era minha. Estive com o Paulo Okamotto e o João Vaccari (ex-tesoureiro do PT, preso na Lava Jato desde abril de 2015), como nós íamos operacionalizar isso, mas a reforma já tinha sido feita e gasta", afirmou Léo Pinheiro.
O empresário disse que "avisou" o ex-tesoureiro do PT. "Avisei o João Vaccari, 'eu não posso continuar, um investimento muito alto'. Para ter uma ideia, só para esclarecer um pouco mais o que estou dizendo, o lucro daquele empreendimento praticamente estava indo embora na reforma que estava fazendo em um apartamento só, eram cento e tantos, tinha que ser dada uma solução, e foi dada a solução."
Neste trecho do depoimento, Léo Pinheiro revelou a origem dos recursos que, segundo ele, a OAS teria investido nas obras do triplex. Ele incluiu contratos da empreiteira com a Petrobras no âmbito da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco - primeiro grande contrato da estatal petrolífera que a Polícia Federal apontou irregularidades na Lava Jato.
"A OAS Empreendimentos não teve prejuízo na reforma, porque foi paga através da Renest da obra da Petrobras, num encontro de contas, dela e de outras obras."
"Eu procurei o João Vaccari algumas vezes, ao Paulo Okamotto, de como iríamos operacionalizar pra passar no nosso nome. Tínhamos um elo entre o Instituto Lula com várias doações feitas, estão aí todas declaradas. E as palestras no exterior, fizemos, se não me falha a memória, cinco palestras. Só a OAS pagou em palestras mais de R$ 1 milhão", revelou o empreiteiro.
"Foram dadas as palestras?", questionou o criminalista Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula.
"Foram dadas, ninguém está falando o contrário", respondeu Léo Pinheiro.
"Existia um vínculo comercial que poderia ser resolvido isso, já existia um hábito, transações entre a OAS, o Instituto Lula e as palestras, mas nunca foi resolvido esse assunto."
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