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Política

- Publicada em 05 de Abril de 2017 às 15:47

'Temer não tem para onde ir', afirma Renan a aliados

Cúpula não entende situação dos congressistas, diz Renan Calheiros

Cúpula não entende situação dos congressistas, diz Renan Calheiros


EVARISTO SA/EVARISTO SA/AFP/JC
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, considera difícil a situação do presidente Michel Temer (PMDB) no governo. "Diziam que a (ex-presidente) Dilma (Rousseff, PT) não tinha para onde ir, e o (presidente Michel) Temer não tem para onde ir", disse Renan a aliados na noite desta terça-feira, segundo parlamentares que participaram do jantar da bancada na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), em Brasília.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, considera difícil a situação do presidente Michel Temer (PMDB) no governo. "Diziam que a (ex-presidente) Dilma (Rousseff, PT) não tinha para onde ir, e o (presidente Michel) Temer não tem para onde ir", disse Renan a aliados na noite desta terça-feira, segundo parlamentares que participaram do jantar da bancada na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), em Brasília.
No encontro, que contou com a presença de pouco mais da metade da bancada - a maior da Casa, com 22 parlamentares -, alguns senadores teriam reclamado da pressão feita pelo Palácio do Planalto pela aprovação da reforma da Previdência.
A avaliação é de que a cúpula do governo - o presidente Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) - não "entende" a situação dos congressistas, porque não "depende" do voto popular.
"Nenhum deles é candidato a nada, e as últimas eleições que disputaram perderam. Agora querem cobrar dos parlamentares. Estão pedindo o que não vão ganhar", afirmou um peemedebista que participou do jantar. "É terrível o que querem impor ao Congresso. O povo não quer (as reformas), e os congressistas vivem de voto. Estão propondo suicídio político", avaliou o senador Roberto Requião (PMDB-PR).
Nas últimas semanas, Renan tem subido o tom contra as reformas. Na terça-feira, ele chegou a dizer que, "se continuar como está, o governo vai cair para um lado e o PMDB, para o outro". Para Raimundo Lira (PMDB-PB), que participou da confraternização, esta é uma posição pessoal de Renan. "Não vejo nenhum grupo dentro do PMDB pensar dessa forma. Até porque a reforma (da Previdência) está cada dia mais tendo possibilidade de ser amenizada", considerou.
O jantar, que começou por volta da meia-noite, durou cerca de três horas. Os ministros Dyogo Oliveira (Planejamento) e Helder Barbalho (Integração Nacional) também estiverem no encontro, mas, segundo parlamentares, falaram pouco. Além deles, o ex-presidente José Sarney e sua filha, Roseana Sarney, marcaram presença. Nas conversas, Sarney teria reforçado o discurso de Renan, de que o governo tem que dialogar mais.
Entre os senadores presentes, além de Renan, Kátia, Requião e Raimundo, compareceram o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), Jader Barbalho (PA), Rose de Freitas (ES), Valdir Raupp (RO), Marta Suplicy (SP), Elmano Férrer (PI), Hélio José (DF), Dário Berger (SC) e Garibaldi Alves (RN). Como já era esperado, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira (CE), não compareceu ao jantar.
A confraternização, de acordo com parlamentares, não teve motivação política, e sim na vontade da bancada de se reunir para comer um dos pratos típicos do Tocantins, a fritada de aratu, considerada especialidade de Kátia. "Na fritada de aratu, Temer também foi fritado", brincou um dos senadores presentes.
 
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