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Opinião

- Publicada em 16 de Abril de 2017 às 17:50

Lula, do petismo ao populismo

O anticlímax político que, hoje, propicia o governo Michel Temer (PMDB) levou, necessariamente, à radicalização das alternativas. E João Dória (PSDB), de imediato, pode dizer que o PT é mal que não pode voltar. O presente status quo denuncia como estrito populismo o alinhamento petista, no alardeio da desaparição de qualquer discussão programática de parte do antigo governo. E é, de logo, que emerge a contínua liderança latente de Lula da Silva (PT), de par com as certezas de sua permanente popularidade.
O anticlímax político que, hoje, propicia o governo Michel Temer (PMDB) levou, necessariamente, à radicalização das alternativas. E João Dória (PSDB), de imediato, pode dizer que o PT é mal que não pode voltar. O presente status quo denuncia como estrito populismo o alinhamento petista, no alardeio da desaparição de qualquer discussão programática de parte do antigo governo. E é, de logo, que emerge a contínua liderança latente de Lula da Silva (PT), de par com as certezas de sua permanente popularidade.
Ao mesmo tempo, só se evidencia a polarização do outro lado, agora, no somatório de Alckmin, Aécio ou Serra, todos do PSDB, com o prefeito de São Paulo.
Não se descarte, também, o desponte de Henrique Meirelles, cada vez mais identificado ao possível êxito do governo de Michel Temer. Dória, por outro lado, sempre surge como a única candidatura, de fato, descontaminada dos golpes da Lava Jato. Em termos de liderança nacional, o protagonismo de Sérgio Moro força, necessariamente, o confronto com o petista, e é exatamente no campo do vis-à-vis ético que Lula proclama a sua honestidade "nestes 70 anos de vida". Ao chegar a minudências, as acusações voltam ao eterno problema dos valores do triplex do Guarujá. O dito novo populismo proclamado por Dória está, também, de braços abertos para o PMDB rebelde e a incógnita que desponta no desempenho de Renan Calheiros (PMDB).
As negociações sobre a reforma da Previdência entremostram o novo impacto do PMDB dividido nas maiorias do Congresso, cada vez mais imprevisíveis no acordo do dia. O aliancismo clássico se sobrepõe às disciplinas partidárias, tal como são os blocos da hora que tornam imprevisíveis o passo adiante ou o emperro no trato atual com o Legislativo.
Não é sem razão que emerge, de parte do Planalto, o projeto de reforma radical do regime partidário, ao que a dita eleição "por lista fechada" tente caucionar a escolha dos parlamentares na sintonia com o Executivo, eleito ao mesmo tempo.
Membro da Academia Brasileira de Letras
 
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