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Internacional

- Publicada em 09 de Abril de 2017 às 16:34

Ataques a bomba em igrejas cristãs deixam dezenas de mortos e feridos

Grupo Estado Islâmico assumiu autoria do atentado

Grupo Estado Islâmico assumiu autoria do atentado


STRINGER / AFP/JC
Duas explosões em igrejas egípcias mataram ao menos 43 pessoas e deixaram mais de 100 feridas durante as celebrações do Domingo de Ramos, ontem, semanas antes da visita do Papa Francisco. A organização terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou ambas as ações por meio de sua agência oficial Amaq, um de seus canais virtuais.
Duas explosões em igrejas egípcias mataram ao menos 43 pessoas e deixaram mais de 100 feridas durante as celebrações do Domingo de Ramos, ontem, semanas antes da visita do Papa Francisco. A organização terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou ambas as ações por meio de sua agência oficial Amaq, um de seus canais virtuais.
O primeiro ataque deixou ao menos 27 mortos e 78 feridos na igreja de Mar Girgis, na cidade de Tanta, na região do delta do rio Nilo, segundo o Ministério da Saúde do Egito. Um homem-bomba explodiu em seguida diante da catedral de São Marco, em Alexandria, na costa mediterrânea, vitimando ao menos 16 pessoas e ferindo outras 41, informou o ministério. Imagens de Tanta mostram os bancos da igreja ensanguentados, entre fumaça. Alguns corpos estavam no chão, cobertos por papel.
A imprensa local relata que um segurança tentou impedir esse segundo ataque, segurando o suicida. O Papa Tawadros, líder da igreja egípcia, estava no edifício atacado em Alexandria, mas não se feriu, de acordo com o Ministério do Interior. As estimativas de vítimas ainda são preliminares e serão revistas pelo governo.
Mar Girgis é o nome dado no Egito a São Jorge. Os coptas, ramo egípcio do cristianismo, correspondem a cerca de 10% da população de mais de 90 milhões. Apesar de os atritos no dia a dia serem raros, houve outros episódios de violência sectária durante os últimos anos.
A onda de ataques foi intensificada depois da derrubada do presidente islamita, Mohammed Mursi, que representava a Irmandade Muçulmana. Islamitas culpam cristãos por terem apoiado o golpe militar de 2013, que encerrou o seu governo.
O EI, que assumiu um ataque contra outra igreja copta em dezembro de 2016, com 25 mortos, havia voltado a ameaçar cristãos em um comunicado divulgado em fevereiro deste ano. Essa milícia radical, com bases na Síria e no Iraque, tem um importante braço no Norte do deserto do Sinai. Famílias cristãs deixaram a região do Sinai em fevereiro, após uma onda de assassinatos pelo grupo.
O ataque de ontem aumentará a pressão para que o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, incremente a segurança e impeça novos ataques. Seu governo, substituindo o islamita Mursi, se baseia em parte em sua habilidade de estabilizar esse país, que passa ademais por uma grave crise econômica.
A explosão na igreja copta coincide, ainda, com a visita do Papa Francisco, prevista para o fim deste mês, o que colocará a tensão sectária ainda mais em debate. O Papa afirmou, em missa no Vaticano, que "reza pelos mortos" do ataque. "Que o senhor converta os corações das pessoas que semeiam terror, violência e morte e mesmo os corações daqueles que produzem e traficam armas."
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