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Internacional

- Publicada em 03 de Abril de 2017 às 16:06

Governista Lenín Moreno vence eleição acirrada

Presidente eleito (c) irá substituir Rafael Correa (e), no comando do país desde janeiro de 2007

Presidente eleito (c) irá substituir Rafael Correa (e), no comando do país desde janeiro de 2007


RODRIGO BUENDIA/AFP/JC
O candidato governista Lenín Moreno, 64 anos, venceu o segundo turno das eleições presidenciais do Equador, realizado no domingo. Guillermo Lasso, candidato opositor conservador, não aceitou a derrota e declarou ter intenção de “impugnar” a apuração.
O candidato governista Lenín Moreno, 64 anos, venceu o segundo turno das eleições presidenciais do Equador, realizado no domingo. Guillermo Lasso, candidato opositor conservador, não aceitou a derrota e declarou ter intenção de “impugnar” a apuração.
Em comemoração à vitória, Moreno disse que buscará paz neste pós-eleições. “Isto apenas começa. Daqui para a frente, vamos todos trabalhar pelo país, por nosso amado Equador. O faremos em paz e harmonia”, afirmou o presidente eleito em Quito, capital do país.
Assim que soube dos primeiros resultados oficiais, Lasso afirmou que pediria a recontagem dos votos e que houve adulteração de mais de 800 mil cédulas. Disse ainda que entrou em contato com a Organização dos Estados Americanos (OEA) para denunciar fraude nas eleições. Representantes de seu partido disseram que não iriam reconhecer o resultado e pediram a impugnação da apuração em curso.
Com 98,88% das urnas apuradas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Lenín Moreno, candidato pelo movimento socialista AP (Aliança País), somava 51,15% dos votos válidos, contra 48,85% de Guillermo Lasso, ex-executivo do setor bancário e candidato pelo partido Creo (Criando Oportunidades).
A sede do CNE amanheceu cercada de manifestantes contrários aos resultados oficiais divulgados, que contradiziam os das pesquisas de boca de urna divulgadas logo após o encerramento da votação. “Estou seguro de que houve manipulação, veja só como o Estado se arma contra seus cidadãos, por que não alteraria nossos votos?”, disse o comerciante Aureliano Ruz, 43 anos, apontando para as cercas de metal que foram levantadas diante do CNE durante a noite para impedir que os manifestantes se aproximassem.
Mas não eram apenas os seguidores de Lasso que estavam na vigília, gritando “democracia, sim, ditadura, não”. Também havia gente que apenas carregava bandeiras do Equador ou usava camisetas da seleção nacional. “Não estou aqui por um candidato ou outro, estou pela democracia. Não quero ter um presidente ilegítimo, quero resultados transparentes e poder dizer a meu filho que o país em que ele está crescendo é uma democracia”, disse a arquiteta Stefani Castillo, 26 anos, que tinha as cores da bandeira do Equador pintadas nas bochechas.
O fim da noite de domingo foi de festa para os apoioadores do atual presidente Rafael Correa. No palco armado na avenida de los Shyris, Lenín Moreno discursou, cantou e chamou ao palco o presidente para que o acompanhasse num dueto. Quando o mandatário agarrou o microfone, o público aplaudiu e começou a gritar: “Correa/ amigo/ o povo está contigo”. O presidente depois disse que o Equador dava uma resposta ao mundo de que a América Latina iria resistir à onda conservadora e que estava orgulhoso de que o povo equatoriano “havia optado por seguir o caminho do progressismo”.
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