Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Saúde

- Publicada em 24 de Abril de 2017 às 22:39

Rio Grande do Sul tem redução de 87% nos casos de dengue

Rio Grande do Sul tem a menor incidência do Brasil, de 1,8 caso a cada 100 mil habitantes

Rio Grande do Sul tem a menor incidência do Brasil, de 1,8 caso a cada 100 mil habitantes


FLAVIA DE QUADROS/ARQUIVO/JC
O Rio Grande do Sul registrou uma queda significativa no número de ocorrências de dengue do ano passado para cá. Em 2016, foram registrados 1.546 casos prováveis da doença entre janeiro e março. Em 2017, por sua vez, o Estado registrou apenas 201, uma redução de 87% em comparação com o ano passado.
O Rio Grande do Sul registrou uma queda significativa no número de ocorrências de dengue do ano passado para cá. Em 2016, foram registrados 1.546 casos prováveis da doença entre janeiro e março. Em 2017, por sua vez, o Estado registrou apenas 201, uma redução de 87% em comparação com o ano passado.
Essa queda se reflete também na incidência de casos por 100 mil habitantes. Agora, o Estado tem a menor incidência do Brasil, de 1,8 caso a cada 100 mil habitantes. No ano passado, esse posto era ocupado por Roraima, com 13,4 casos a cada 100 mil pessoas. Os números foram relevados no mais recente boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.
A redução é uma tendência nacional. Em 2016, nos primeiros quatro meses do ano, foram registrados 1,5 milhão de casos prováveis (expressão utilizada para definir todos os casos notificados, exceto os descartados), e, em 2015, 1,6 milhão.
Em 2017, no mesmo período, o Brasil registrou 90,2 mil, com incidência de 43,8 notificações a cada 100 mil habitantes. Consequentemente, a mesma queda se deu no número de casos graves e de óbitos. Em 2016, no período de janeiro a abril, foram confirmados 569 casos graves, enquanto, em 2017, somente 40. Foram 411 mortes motivadas por dengue em 2016, e, em 2017, apenas 11.
A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Marilina Bercini, ressalta que o País tem se mobilizado intensamente desde o decreto de emergência de interesse público de novembro de 2015. "Entendemos a gravidade da situação. Foi criado um comitê estadual de combate ao mosquito, que se encontra rotineiramente para verificar as ações intersetoriais, e foi feito um trabalho intenso junto aos municípios", explica.
O principal desafio, segundo a diretora, é transformar conhecimento em prática. "Às vezes, as pessoas têm conhecimento, sabem que não podem deixar acumular água em objetos no pátio, mas é preciso transformar isso em ação", explica. "Temos conseguido, mas ainda tem bastante caminho a percorrer. Não é como se o problema estivesse resolvido", alerta a diretora.

Ocorrências de zika e chikungunya também apresentaram queda no comparativo 2016/2017

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a luta contra o mosquito Aedes aegypti está dando resultados. Em todo o ano passado, o Brasil registrou 271.824 casos de febre chikungunya, com 196 óbitos, a maioria deles em estados do Nordeste. Em 2017, até março, foram 26.854 casos, uma taxa de incidência de 13 casos por mil habitantes. Destes, 7.220 já foram confirmados.
Entre os estados, o Rio Grande do Sul também tem a menor incidência de chikungunya, de apenas 0,3 caso a cada 100 mil habitantes. Esse índice se manteve com relação ao ano passado, quando o Estado também tinha a incidência mais baixa, de 0,6. Foram 65 casos em 2016 e 34 em 2017, no período de janeiro a março.
Há tendência de queda também nas ocorrências de zika vírus. No ano passado, o Brasil registrou 215.319 casos. Em 2017, até março, são 4.894 casos prováveis, uma taxa de incidência de 2,4 casos a cada 100 mil habitantes. Destes, 1.320 foram confirmados.
O Rio Grande do Sul também se destaca entre os estados com menor incidência da doença. Embora fique atrás de Pernambuco, com 0,1 caso a cada 100 mil habitantes nos primeiros três meses de 2017, o Estado empata com Santa Catarina, com incidência de 0,2 caso - foram 84 no primeiro trimestre de 2016, e 22 no mesmo período neste ano.