Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

SERVIÇOS

- Publicada em 21 de Abril de 2017 às 15:13

Demanda por serviços começa a melhorar

Para Chmelnitsky, setor deve investir em produtividade e mão de obra

Para Chmelnitsky, setor deve investir em produtividade e mão de obra


/MARCO QUINTANA /JC
Depois de amargar no ano passado uma queda acumulada no País de 5% em relação a 2015 - a maior da série histórica, iniciada em 2012 -, o setor de serviços começa aos poucos a retomar o fôlego. Alguns indicadores já mostram essa tendência. Em março, por exemplo, o volume de negócios do setor teve uma pequena melhora, de acordo com o Índice de Gerente de Compras divulgado pela Markit, e subiu para 47,7 pontos depois de ficar em 46,4 pontos em fevereiro, demonstrando que a demanda por serviços brasileiros melhorou no mês, com preços mais competitivos. Foi a segunda expansão consecutiva no volume de novos negócios, mas, em março, o ritmo de alta foi mais intenso.
Depois de amargar no ano passado uma queda acumulada no País de 5% em relação a 2015 - a maior da série histórica, iniciada em 2012 -, o setor de serviços começa aos poucos a retomar o fôlego. Alguns indicadores já mostram essa tendência. Em março, por exemplo, o volume de negócios do setor teve uma pequena melhora, de acordo com o Índice de Gerente de Compras divulgado pela Markit, e subiu para 47,7 pontos depois de ficar em 46,4 pontos em fevereiro, demonstrando que a demanda por serviços brasileiros melhorou no mês, com preços mais competitivos. Foi a segunda expansão consecutiva no volume de novos negócios, mas, em março, o ritmo de alta foi mais intenso.
Também o Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getúlio Vargas apresentou uma elevação de 4,4 pontos em março, ficando em 85,3 pontos, o maior nível desde dezembro de 2014. Além disso, a alta da confiança foi a mais expressiva desde abril de 2009, quando subiu 4,8 pontos. Na comparação com março do ano passado, houve alta de 14,4 pontos. A alta da confiança foi significativa e abrangeu 11 das 13 principais atividades pesquisadas. A principal contribuição para a variação do índice no mês veio do indicador de percepção com a Situação Atual dos Negócios, que registrou aumento de 1,6 ponto, alcançando 75 pontos. Entre os indicadores que formam o Índice de Expectativas (IE), o destaque positivo foi o de Demanda Prevista, que aumentou 11,8 pontos, para 98,2 pontos.
O turismo é um dos principais impulsionadores do setor de serviços e o movimento tende a crescer com o lançamento pelo governo do programa Brasil Turismo que, entre outras metas, pretende passar dos 6,5 milhões de turistas estrangeiros no País em 2016 para 12 milhões em 2022. A estimativa é de que a receita com os visitantes salte dos US$ 6 bilhões anuais para US$ 19 bilhões. Outro impacto esperado é a inserção de 40 milhões de brasileiros no mercado consumidor de viagens. Atualmente, cerca de 60 milhões, menos da metade da população, viaja todos os anos. A criação de quase 6 milhões de empregos é outra das consequências esperadas como resultado do Brasil Turismo. Atualmente, no País, o turismo emprega direta e indiretamente 7 milhões de pessoas.
A Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo (Pacet) encomendada pelo Ministério do Turismo à Fundação Getúlio Vargas, com as 80 maiores empresas do setor, aponta um crescimento médio de 6,2% no faturamento, com destaque para as locadoras de automóveis, que devem faturar 23,8% a mais que em 2016. Divulgado em meados de abril, o levantamento mostra que quase 90% dos entrevistados informaram que farão aportes para investimento em seus negócios. Nos segmentos de transporte aéreo, locadoras de automóveis e operadoras de turismo, o otimismo está em alta e 100% dos entrevistados afirmaram que realizarão investimentos. A expectativa também é elevada nas áreas de meios de hospedagem (94%), promotora de feiras (82%) e agência de viagens (82%).
Para 81% do mercado pesquisado, a expectativa é de crescimento baseada na perspectiva de retomada do crescimento econômico e aumento no número de brasileiros viajando pelo País. Conforme o estudo, 14% dos entrevistados acreditam na estabilidade e apenas 5% na redução do mercado. Localmente, porém, ainda há preocupação com os impactos gerados pela retração de renda e o volume de negócios ainda não é o esperado pelo ramo hoteleiro e de alimentação.
O presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), Henry Chmelnitsky, considera que o cenário é muito ruim. "Não tem turismo de negócios porque não há novos negócios e a gastronomia também sente os reflexos do parcelamento de salários e da preocupação com a segurança", acrescenta. Ele considera que o desafio é alcançar produtividade para superar essa fase e a elevação de custos em geral. Uma das maneiras de melhorar a produtividade é qualificando ainda mais a mão de obra.
A capacitação é o foco do Senac-RS que contabiliza cerca de 200 mil pessoas capacitadas anualmente. Enfermagem, administração e informática são os cursos mais procurados de nível técnico, enquanto tecnólogo em análise de desenvolvimento de sistemas e tecnólogo em processos gerenciais ganham a preferência entre os cursos de nível superior.
Há também bastante procura por cursos livres de inglês, boas práticas para serviço de alimentação, design de sobrancelhas e informática fundamental.

Sem medo da crise

Rede planeja crescer 70% em apartamentos e chegar a 800 colaboradores em 2017, revela Dyundi

Rede planeja crescer 70% em apartamentos e chegar a 800 colaboradores em 2017, revela Dyundi


LUIS DYUNDI/LUIS DYUNDI/DIVULGAÇÃO/JC
As investidas da Rede Laghetto Hotéis demonstram que a administradora hoteleira se preparou para enfrentar as oscilações da economia brasileira. "Sabemos que o País atravessa momentos difíceis, mas acreditamos em uma retomada em 2018 e que, já nesse segundo semestre de 2017, haverá uma estabilização", afirma o gerente de marketing da rede, Luís Dyundi.
Com origem em Gramado, a Laghetto conta atualmente com 11 hotéis, sendo sete na própria cidade de Gramado, um no município de Bento Gonçalves, dois em Porto Alegre e um no Rio de Janeiro, inaugurado no início de março. Com 311 apartamentos, o novo hotel na Barra da Tijuca é a primeira operação da rede fora do Rio Grande do Sul e passa a se chamar Laghetto Stilo Barra Rio. A bandeira contempla hotéis de alto padrão, com design moderno e serviços personalizados.
Dyundi revela que a rede planeja crescer 70% em número de apartamentos em 2017, com a inauguração de dois novos hotéis, em Canela e Gramado, chegando a um total de 1.767 apartamentos. Distribuídos em cinco bandeiras - Vivace, Allegro, Viverone, Vertice e Stilo, os hotéis atendem diferentes perfis de clientes. Para os próximos anos, estão em construção empreendimentos em outras quatro cidades do País, incluindo Florianópolis (SC) e Caldas Novas (GO), chegando a 20 hotéis em 2021. Com a expansão, o número de colaboradores em 2017 passará de 550 para aproximadamente 800.