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Economia

- Publicada em 27 de Abril de 2017 às 23:46

Lojistas entram com ação contra três shoppings

Desde outubro, mais de 100 lojas fecharam em centros de compras

Desde outubro, mais de 100 lojas fecharam em centros de compras


OLI SCARFF/OLI SCARFF/AFP/JC
Thiago Copetti
A relação entre pequenos e médios lojistas com operações em shopping centers sofreu mais um revés nos últimos dias. Ações movidas pela CDL Poa Shopping chegaram à Justiça, entre a semana passada e quarta-feira, contra o BarraShoppingSul, o Praia de Belas Shopping e o Shopping Center Iguatemi. Nos três casos, a demanda é por mais informações sobre a formação de preços das taxas e do cálculo feito na hora de dividir o condomínio dos empreendimentos entre os diferentes locatários.
A relação entre pequenos e médios lojistas com operações em shopping centers sofreu mais um revés nos últimos dias. Ações movidas pela CDL Poa Shopping chegaram à Justiça, entre a semana passada e quarta-feira, contra o BarraShoppingSul, o Praia de Belas Shopping e o Shopping Center Iguatemi. Nos três casos, a demanda é por mais informações sobre a formação de preços das taxas e do cálculo feito na hora de dividir o condomínio dos empreendimentos entre os diferentes locatários.
De acordo com Nilva Bellenzier, vice-presidente de relações institucionais da Câmara de Dirigentes Lojistas da Capital e coordenadora do CDL Poa Shopping, mais de 100 lojas fecharam nos centros de compras da Capital desde outubro. Além de questionar a cobrança do chamado 13º aluguel (cobrado no final do ano), o que vem sendo feito por meio de várias ações desde o final do ano passado, a entidade alega haver "pontos obscuros" nos reajustes, especialmente de taxas. De acordo com Nilva, muitos aumentos são abusivos e não deixam claro quanto está sendo cobrado e para qual finalidade.
"O aluguel segue a regra de correção pelo IGPM, mas para as taxas não há limitador. Os lojistas não conseguem nem mesmo acesso ao detalhamento desses gastos, como ocorre, por exemplo, em um condomínio residencial", afirma Nilva, que não tem lojas em shopping centers. O reflexo dessa política, aliada à crise econômica, vem levando ao fechamento de dezenas de lojas nos centros de compras da cidade todos os meses, de acordo com a empresária. Entre os segmentos mais afetados estão franqueados de diferentes marcas, de acordo com a executiva da CDL.
"Basta andar em um shopping qualquer de Porto Alegre para ver muitos tapumes no lugar de vitrine. Nos últimos tempos, se tornou inviável manter um negócio em shopping se você não for uma das lojas master. Um dos nossos associados, por exemplo, com um restaurante de 42 metros quadrados em uma praça de alimentação, chegou a pagar, em dezembro, mais de R$ 40 mil entre aluguel, condomínio e taxas. É inviável", diz Nilva.
Procurados, nenhum dos centros de compras alvo das ações quis se pronunciar. A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) informou, em comunicado, que os empreendimentos, até o momento, desconhecem qualquer medida judicial. A entidade afirma ainda que "todos os shoppings mantêm à disposição os comprovantes dos gastos mensais."
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