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Agronegócios

- Publicada em 27 de Abril de 2017 às 16:14

Produtores comemoram boa safra de noz-pecã

Empresa promove atividades para interessados na cultura das nozes

Empresa promove atividades para interessados na cultura das nozes


/EMATER/DIVULGAÇÃO/JC
Os produtores gaúchos de noz-pecã têm motivos para comemorar, há expectativa de que a colheita cresça 150% em relação à safra do ano passado. O Rio Grande do Sul é responsável por 49% da produção da fruta no País, pois o clima temperado do Estado é propício para o plantio de nogueiras.
Os produtores gaúchos de noz-pecã têm motivos para comemorar, há expectativa de que a colheita cresça 150% em relação à safra do ano passado. O Rio Grande do Sul é responsável por 49% da produção da fruta no País, pois o clima temperado do Estado é propício para o plantio de nogueiras.
A Emater prevê que mais de 2 mil toneladas de nozes sejam colhidas até o final do mês de maio. Geralmente, a colheita de nozes-pecã se inicia neste mês, porém, no final de março, alguns produtores já colheram nozes maduras.
No ano passado, a safra da noz pecã foi uma das piores da história. Como comparação, enquanto em 2014 - último ano em que a Emater realizou o levantamento de fruticultura - foram colhidas 1.700 mil toneladas do produto; em 2016, no Rio Grande do Sul, foram colhidas apenas 500 toneladas, uma queda de quase 70%. Já em 2017, nem as chuvas acima da média em quase todos os meses do ciclo atrapalharam a safra. "Este ano está sendo excelente", comenta o engenheiro agrônomo da Emater Antônio Conte.
Cachoeira do Sul e Anta Gorda se destacam na produção do Estado. Cachoeira do Sul é responsável pelo maior volume de produção do Estado, a cidade possuiu 870 hectares divididos entre 79 produtores, enquanto Anta Gorda concentra o maior volume de produtores. Segundo a Emater, o Rio Grande do Sul possuiu 3,4 mil hectares de área plantada e 925 produtores de noz-pecã. Em média, cada produtor possui três hectares de área plantada. "Existem produtores que fabricam para consumo próprio, porém, em anos positivos, como este, os produtores vendem, por ser uma produção muito grande", destaca Conte.
"Alguns produtores irão colher o dobro do ano passado, e alguns até 10 vezes mais. Teremos nozes com bom tamanho e boa granação", estima o diretor da empresa Divinut, Edson Roberto Ortiz. A safra negativa do ano passado resultou em altos preços, por este motivo os consumidores compraram menos e os produtores amargaram grandes estoques.

Divinut destaca boa qualidade de produção para colheita deste ano

Edson Roberto Ortiz, diretor da Divinut, comemora a qualidade da safra que começa a ser colhida neste mês. Segundo ele, a empresa possui mais de 600 nogueiras em idade produtiva. "Tivemos problemas com fungos somente em uma das variedades da planta, a Shawnee, já a variedade Barton segue livre dos fungos e com alta produtividade, mesmo com um ano de clima adverso", comemora o diretor.
A empresa é especialista em descascamento de nozes e produção de mudas em raiz embalada, possuindo hoje o maior viveiro de raiz embalada do Estado, com 400 mil mudas em preparado. Além da produção, a empresa desenvolve cursos sobre a cultura de nozes e nogueiras para pesquisadores e produtores de toda a América Latina. Os próximos cursos gratuitos e abertos ao público serão realizados no dia 13 de maio, na Escola Estadual Técnica de Agricultura (ETA), na cidade de Viamão; e no dia 20 de maio, na fábrica da Divinut, localizada em Cachoeira do Sul.

Pitol espera conseguir produtividade em dobro

Há mais de 40 anos, a família Pitol fundou a agroindústria Nozes Pitol. Neste ano, a empresa, que possuiu 2,5 mil árvores em 30 hectares, prevê um crescimento na produtividade de 100% em relação ao ano passado. Em média, serão colhidas 2,5 toneladas de nozes por hectare.
Localizada na cidade de Anta Gorda, a empresa comercializada produtos fabricados a partir das nozes. Nozes in natura, com cascas, doces, salgadas, inteiras, quebradas, moídas, chá de nozes e rapaduras são produzidas pela Nozes Pitol. Para manter a fabricação dos produtos nos períodos de entressafra, a empresa compra nozes de produtores locais, que são armazenadas em câmaras. Além disao, a empresa desenvolveu quatro variedades de nogueira-pecã, a melhorada (pitol 1), a importada (pitol 2), a Barton e a imperial.

Paralelo 30 investe em plantações para clientes

Rio Grande do Sul tem 3,4 mil hectares de nogueiras e detém 49% da produção do País

Rio Grande do Sul tem 3,4 mil hectares de nogueiras e detém 49% da produção do País


PARALELO 30/PARALELO 30/DIVULGAÇÃO/JC
A Paralelo 30 possui 145 hectares de nogueiras, localizados no município de Cachoeira do Sul, com uma média 80 mudas por hectare. Além das plantações próprias, a Paralelo 30 administra 1,5 mil hectares de clientes, para quem a empresa comercializa as mudas e realiza todo o acompanhamento técnico junto aos produtores.
A produção de mudas para venda está concentrada em uma área 6 mil m2, o viveiro tem capacitada produtiva de 60 mil mudas enxertadas por ano, sendo 45 mil plantas de raiz coberta e outras 15 mil de raiz nua. Estas mudas são vendidas no valor de R$ 35,00, com peso médio de 3,5 quilos. Neste ano, a empresa tem uma perspectiva positiva quanto à safra, visando se recuperar das perdas de 2016. "Para este ano, estimamos colher 40 toneladas da fruta, o que consideramos um ótimo resultado", explica o engenheiro agrícola da empresa, Jorge Aberto Porto.
Tradicionalmente, a empresa Paralelo 30 realiza a abertura da colheita de noz-pecã em Cachoeira no Sul. O último evento aconteceu no dia 6 de maio, com diversas atividades para produtores e interessados na cultura. Na empresa, a colheita é semimecanizada. Neste processo, são utilizados skakers, modelo de colheitadeira de nozes que permite a colheita de até 170 árvores por dia, enquanto no trabalho totalmente manual é possível colher apenas 22 nogueiras.