Dólar fecha no maior nível desde9 de março e Ibovespa cai 0,44%

O dólar teve mais um dia de alta firme ante o real ontem. O receio com o andamento das reformas estruturais, que já havia impulsionado a divisa norte-americana na terça-feira, continuou incomodando investidores. Além disso, o anúncio do plano de reforma tributária de Donald Trump nos EUA favoreceu o dólar nos mercados globais.

O dólar à vista no balcão fechou em alta de 0,69%, a R$ 3,1741, o maior nível de fechamento desde 9 de março (R$ 3,1945). Durante a sessão, chegou a tocar R$ 3,2075, o patamar intraday mais elevado desde 19 de janeiro (R$ 3,2296). Nas últimas duas sessões, o dólar acumula alta de 1,51%.

O mercado brasileiro de ações operou sob compasso de espera ontem que acabou por limitar as oscilações do Índice Bovespa. As atenções se voltaram principalmente à tramitação da reforma trabalhista no plenário da Câmara dos Deputados. Após alternar altas e baixas ao longo de todo o pregão, o Índice Bovespa acabou por fechar em baixa de 0,44%, aos 64.861 pontos.

Os papéis da Petrobras tiveram forte influência nas oscilações. Petrobras ON e PN terminaram nas mínimas do dia, com quedas de 1,77% e 2,37%, respectivamente.

As ações da Vale, que operaram no vermelho durante todo o pregão, também terminaram nas mínimas, com baixas de 2,19% (ON) e de 1,98% (PNA).

O setor financeiro, bloco de maior peso na composição da carteira do Ibovespa, teve desempenho essencialmente positivo ontem, influenciado pelo bom resultado de Santander Brasil, divulgado no início do dia. Mas os preços perderam fôlego ao longo do dia. Enquanto as units do Santander subiram 1,41%, as preferenciais do Itaú Unibanco subiram 0,18%. Já Banco do Brasil ON caiu 1,20%.