Ética empresarial no atual contexto político e novas relações de trabalho menos estáveis no País serão temas da 8ª edição do Congregarh, realizado a cada dois anos pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Estado (ABRH-RS). O evento deve reunir mais de mil pessoas em Porto Alegre entre 17 e 19 de maio, no Centro de Eventos da Pucrs, trazendo palestrantes nacionais e internacionais.
O presidente da entidade, Orian Kubaski, afirma que o tema escolhido - a construção de um futuro de valor - casa bem com a realidade política do País que assiste ao desenrolar da Operação Lava Jato com a investigação de favorecimento entre políticos e empresas, e a discussão de reformas, como a trabalhista e a previdenciária, em Brasília. "Essas reformas vão mexer com o status quo das relações de trabalho, devemos modernizá-las", afirma.
Kubaski critica a visão de que liberação da terceirização para a atividade fim das empresas criaria uma onda de "pejotização" em todos os setores. Para ele, a tendência é de que os negócios valorizem cada vez mais empregados que desempenham funções incomuns e entregam diferenciais. "Um diamante é caro porque é raro. Também é possível comparar o talento humano dessa maneira."
A ideia central seria de que funcionários e lideranças motivados e felizes geram mais riqueza para a organização, e não o contrário - e são nesses que vale a pena investir. Um dos destaques do congresso promete ser a palestra sobre psicologia positiva, ramo da ciência que trata da busca pela felicidade, apresentada pela especialista americana Maria Sirois, no primeiro dia de evento. Kubaski também cita como tendência a inserção da realidade virtual no meio corporativo, seja em treinamentos ou trabalho remoto - assunto que também será abordado em um dos painéis.