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Economia

- Publicada em 19 de Abril de 2017 às 23:45

Supermercados retomam crescimento em 2016

Walmart e Zaffari são as duas líderes do setor supermercadista, mas concentração reduziu

Walmart e Zaffari são as duas líderes do setor supermercadista, mas concentração reduziu


Patrícia Comunello/Especial/JC e Moca Est/Divulgação/JC
Guilherme Daroit
Com menos itens nas gôndolas, os supermercados gaúchos conseguiram retomar o crescimento em 2016. No ano passado, segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), o faturamento das redes chegou a R$ 28,7 bilhões, crescimento nominal de 9,7% em relação a 2015. Descontada a inflação, a expansão real foi de 3,4% acima do resultado do setor em todo o País, que cresceu 1,58%. O indicador positivo é atribuído pela entidade à readequações nas lojas, mais próximas aos desejos do consumidor atual.
Com menos itens nas gôndolas, os supermercados gaúchos conseguiram retomar o crescimento em 2016. No ano passado, segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), o faturamento das redes chegou a R$ 28,7 bilhões, crescimento nominal de 9,7% em relação a 2015. Descontada a inflação, a expansão real foi de 3,4% acima do resultado do setor em todo o País, que cresceu 1,58%. O indicador positivo é atribuído pela entidade à readequações nas lojas, mais próximas aos desejos do consumidor atual.
"O setor tem o diferencial de ter o seu cliente sempre próximo, dando dicas, e as redes se preparam escutando esse consumidor", afirma o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo. As tendências seguidas pelos supermercados têm como objetivo final a redução nos preços por meio da eficiência na operação. O mix médio de produtos por empresa, por exemplo, que chegava a 15 mil itens em 2014, agora está em torno de 13 mil itens.
Sobre o resultado acima do nacional, Longo sublinha as boas expectativas quanto à safra agrícola, além do fato de a base de comparação gaúcha estar depreciada. Isso porque, em 2015, o setor gaúcho registrou a sua primeira retração em uma década, vendo suas vendas caírem 1,91%. O destaque maior, porém, é mesmo em relação às mudanças nos estabelecimentos e nas novas exigências dos clientes quanto à eficiência. O consumidor atual leva em média 15 segundos em frente às gôndolas, tempo que era de 40 segundos há apenas cinco anos.
Outro caminho nesse sentido adotado pelas redes é o de diminuir a manipulação de produtos dentro das lojas. "Quanto menos manuseio, melhor", argumenta Longo, que vê o aceno dos supermercados pressionando a qualificação das indústrias. Reflexo desse movimento são itens embalados pelas fábricas já fracionados, além de pacotes com menor peso.
Em termos estruturais, a boa notícia é que, mesmo com fechamentos de lojas, o total de estabelecimentos no Estado se manteve nas 4,4 mil unidades encontradas desde 2014. Uma em cada quatro empresas do setor teriam feito investimentos em 2016, e os maiores retornos vieram das empresas médias (com faturamento anual entre R$ 20 milhões e R$ 100 milhões), que tiveram crescimento nominal de 12,1%. As 10 maiores redes gaúchas perderam representatividade, passando de 53,4% para 52,6% do total de vendas do setor no Estado.
Para 2017, Longo não está otimista. "Não podemos vender euforia em uma situação que não há motivos para tal", argumenta o presidente, que defende que um crescimento real em torno de 1% a 2% já será visto como positivo.
A principal novidade da pesquisa deste ano foi a primeira aferição do lucro líquido das companhias do setor, que trabalham geralmente com grande giro e pequena margem. Em média, as empresas do setor lucraram 1,8% sobre o faturamento total.
A Agas também anunciou a lista de premiados no Ranking Agas. Ao todo, 12 supermercados serão agraciados por conta de seu crescimento no ano, além de outras escolhidas por sucesso na gestão ou longevidade. Entre as companhias com maior faturamento, os destaques ficaram por conta da abertura dos chamados "atacarejos", lojas focadas mais na redução dos preços do que na prestação de serviços. Nessa linha, se enquadram o Supper Rissul, com sede em Esteio, e a Comercial Zaffari, com sede em Passo Fundo. A cerimônia de premiação acontece no dia 25 de abril, no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre.
Na categoria "Expansão", o vencedor foi o Asun, com sede em Gravataí, que abriu seis novas lojas no ano passado. Boa parte delas em pontos abandonados pelo Walmart, ainda o maior supermercado em faturamento do Estado. Já em "Inovação Mercadológica", a distinção será entregue ao Supermago, da Zona Norte da Capital, que lançou em 2016 um serviço de drive thru chamado Magodrive. "É um formato para o qual o Brasil caminha, que ainda ganhará muito espaço", diz Longo, que vê mais viabilidade no modelo do que na venda simples pela internet. Agências de publicidade também serão agraciadas por conta de campanhas midiáticas.
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