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Economia

- Publicada em 16 de Abril de 2017 às 17:27

Bancos brasileiros disputam domínio da tecnologia blockchain

Empresas brasileiras do setor financeiro disputam a corrida mundial por quem domina primeiro o blockchain. Esse sistema rompe o padrão usado atualmente por bancos de dados, inclusive os usados por instituições financeiras, para armazenar informações de seus clientes.
Empresas brasileiras do setor financeiro disputam a corrida mundial por quem domina primeiro o blockchain. Esse sistema rompe o padrão usado atualmente por bancos de dados, inclusive os usados por instituições financeiras, para armazenar informações de seus clientes.
Hoje, os servidores são centralizados, mantidos e controlados pelo seu dono. Se alguém transfere dinheiro pela internet, o banco A precisa verificar em seus registros se há fundos disponíveis para informar o banco B. Se há erro no processo, o segundo acaba prejudicado. Com o blockchain, em vez de concentrar tudo em um lugar só, os bancos de dados são espalhados por uma rede com várias máquinas conectadas, em diversos locais, cada uma com uma cópia do conteúdo. Tudo gerenciado de forma compartilhada.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) criou uma comissão e um grupo de trabalho especificamente para tratar do assunto. "A gente entende que o blockchain está no que foi o internet banking na segunda metade dos anos 1990", diz Richard Flávio da Silva, superintendente executivo de arquitetura de TI do Santander. "Achamos que será uma solução adotada em escala dentro de três a seis anos."
Globalmente, o Santander pesquisa a ferramenta desde 2015. No Reino Unido, possui um aplicativo que usa o sistema para transferências bancárias internacionais - a versão-piloto deve chegar ao Brasil nos próximos meses.
Em 2016, a Visa apresentou o B2B Conect, projeto que pretende usar blockchain como forma segura de pagamentos entre empresas - e que deve ser lançado ainda em 2017, mas sem data para chegar ao Brasil.
Marcelo Yared, chefe de tecnologia do Banco Central, ressalta a questão da confiança nesses novos protocolos. Ele estima que as instituições financeiras adotem o sistema em até cinco anos.
O Banco do Brasil desenvolve um sistema para armazenar casos de fraudes. Seriam registrados - e compartilhados com outros bancos e cartórios -, por exemplo, RGs roubados que estão sendo usado por fraudadores. "Com um sistema centralizado (que é o usado hoje) eu poderia fazer o mesmo serviço, mas quem usasse teria que confiar no BB", diz Alexandre Conceição, gerente-geral de tecnologia do BB.
Bovespa, Bradesco e Itaú fazem parte do R3, consórcio internacional que trabalha na pesquisa e desenvolvimento de soluções para uma rede do próprio grupo. Cerca de 70 instituições financeiras estão no projeto - entre elas Barclays, Deutsche Bank e JPMorgan.
 
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