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Economia

- Publicada em 16 de Abril de 2017 às 21:22

Nubank terá programa de pontos sem data de resgate

Vélez avalia que as fintechs estão fazendo os bancos mexerem no seu modelo e até baixarem juros

Vélez avalia que as fintechs estão fazendo os bancos mexerem no seu modelo e até baixarem juros


CLAITON DORNELLES /JC
Bárbara Lima
"Nos próximos meses", promete o fundador e CEO da Nubank, David Vélez, em sua passagem por Porto Alegre para o Fórum da Liberdade, na semana passada, para a estreia, após testes que já ocorrem desde setembro de 2016, do programa de pontos do cartão. A Nubank foi uma das precursoras do segmento emergente das chamadas fintechs, startups de tecnologia que estão concorrendo com o sistema tradicional bancário oferecendo, por exemplo, serviços sem conta ou taxas. Vélez diz que o programa também não deve ter prazo de uso dos pontos, que seria um atrativo para disputar o mercado. O CEO ressaltou que as fintechs estão democratizando o acesso da população de baixa renda ao cartão de crédito e fazendo com que os grandes bancos melhorem seus aplicativos e até baixem taxas e juros.
"Nos próximos meses", promete o fundador e CEO da Nubank, David Vélez, em sua passagem por Porto Alegre para o Fórum da Liberdade, na semana passada, para a estreia, após testes que já ocorrem desde setembro de 2016, do programa de pontos do cartão. A Nubank foi uma das precursoras do segmento emergente das chamadas fintechs, startups de tecnologia que estão concorrendo com o sistema tradicional bancário oferecendo, por exemplo, serviços sem conta ou taxas. Vélez diz que o programa também não deve ter prazo de uso dos pontos, que seria um atrativo para disputar o mercado. O CEO ressaltou que as fintechs estão democratizando o acesso da população de baixa renda ao cartão de crédito e fazendo com que os grandes bancos melhorem seus aplicativos e até baixem taxas e juros.
Jornal do Comércio - Qual é o tamanho da empresa hoje no Brasil? 
David Vélez - Bom, nós mudamos. Usamos modelos de crédito e antifraude. Mais de seis milhões de pessoas já pediram nosso cartão (entre aprovados e rejeitados). Temos 440 funcionários em São Paulo e 500 mil pessoas na fila de espera para adquirir o cartão no Brasil.
JC - Quais foram as principais dificuldades da Nubank?
Vélez - Acho que a principal foi levantar capital. Conversei com muitos especialistas na área e eles disseram que era praticamente impossível concorrer com grandes bancos, então buscamos investidores no Vale do Silício e hoje oferecemos uma alternativa aos consumidores.
JC - Qual é o desempenho do mercado brasileiro e quanto esse segmento cresce ao ano?
Vélez - O mercado especificamente de cartão de crédito em geral é de 100 milhões de clientes e continua crescendo em uma taxa de 15% a 20% ao ano.
JC - O que o Brasil representa no mercado mundial?
Vélez - O País é um dos maiores do mundo em termos de cartão de crédito. Segunda ou terceira posição para a bandeira Mastercard. O brasileiro é um grande consumidor, e o País é uma das maiores economias do mundo, isso favorece o Nubank. Então, é um mercado bastante relevante.
JC - Qual é a posição do mercado gaúcho em termos de captação de clientes?
Vélez - Não sei dizer exatamente o número de clientes do Nubank no Rio Grande do Sul, mas é uma posição bastante relevante. Temos clientes em todo Brasil, nos 26 estados, e uma população bastante ativa no Rio Grande do Sul.
JC - Quando o programa de pontos da Nubank, o Nubank Rewards, passa a valer?
Vélez - Há vários meses, estamos abrindo o programa para alguns usuários como teste, e eles estão nos dando retorno da experiência. Vamos abrir para todo o mercado nos próximos meses. Uma desvantagem do cartão em comparação a outros cartões, que têm programa de pontos, é que ainda não cobramos tarifa nenhuma. O que acontece é que existem muitos clientes que pagam tarifas altas para cartões que têm programas de pontos, mas não gastam o suficiente para resgatar esses pontos, então eles expiram. Queremos criar um produto em que os pontos nunca vão expirar, ou seja, você ganha 1 ponto a cada R$ 1,00 gasto. Vamos ter uma taxa para esse programa especificamente, estamos criando um novo segmento.
JC - Como a concorrência de outras fintechs, como Controly e GuiaBolso, afeta vocês?
Vélez - Para nós é ótimo! Gosto muito de ver esse mercado das fintechs evoluindo. O mercado bancário brasileiro é um dos maiores do mundo e é dominado por cinco bancos. Então tem espaço para essas novas startups entrarem e criarem mais alternativas. Nós ajudamos esse sistema a funcionar e a crescer.
JC - Os grandes bancos começam a reagir à investida das fintechs. Qual é o impacto para o setor?
Vélez - Nós achamos que tem espaço para todos, é um mercado muito grande e consolidado. Acho que os grandes bancos devem encarar de forma positiva as novas alternativas e, por isso, estão melhorando seus aplicativos e serviços, estão baixando juros e tentando concorrer. Isso é ótimo para o consumidor, para ter mais concorrência nesse setor. Achamos saudável.
JC - O Brasil tem baixa bancarização, que é associada ao nível de renda. As fintechs captam clientes que estão fora do sistema ou o foco é fisgar o jovem que busca menos burocracia e baixos custos?
Vélez - Trazemos os dois: temos jovens que não querem burocracia, que não querem gerente, que não querem agências. Muitos jovens são universitários, estão abrindo sua primeira conta-corrente e adquirindo seu primeiro cartão. Outras pessoas já possuíam produtos, mas temos clientes de todas as classes sociais.
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