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Economia

- Publicada em 12 de Abril de 2017 às 23:01

Copelmi admite interesse de investir em ativos da CRM e da Pampa Sul

Financiamento do BRDE no valor de R$ 31,5 milhões para a usina de Candiota foi oficializado no Piratini

Financiamento do BRDE no valor de R$ 31,5 milhões para a usina de Candiota foi oficializado no Piratini


MARCO QUINTANA /MARCO QUINTANA/JC
Jefferson Klein
Os controladores da termelétrica Pampa Sul e da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), respectivamente o grupo Engie e o governo gaúcho, já manifestaram a intenção de se desfazerem desses empreendimentos. E agora uma empresa assume publicamente que está de olho nessa movimentação. O presidente da Copelmi, Cesar Faria, confirma que o grupo tem interesse nesses ativos.
Os controladores da termelétrica Pampa Sul e da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), respectivamente o grupo Engie e o governo gaúcho, já manifestaram a intenção de se desfazerem desses empreendimentos. E agora uma empresa assume publicamente que está de olho nessa movimentação. O presidente da Copelmi, Cesar Faria, confirma que o grupo tem interesse nesses ativos.
"Faz parte dos nossos negócios, não vou dizer que não, mas tem que conversar e ver que estrutura se consegue montar para financiar isso, com garantias operacionais", argumenta o executivo. A CRM possui reservas totais na ordem de 3 bilhões de toneladas de carvão, enquanto a Pampa Sul é uma termelétrica que está sendo construída em Candiota e deve iniciar a operação comercial até 1 de janeiro de 2019.
A usina será alimentada por carvão proveniente da Mina do Seival, que é controlada pela Seival Sul Mineração, companhia composta por Copelmi (70%) e Eneva (30%). Nessa quarta-feira, Faria participou, no Palácio Piratini, com a presença do governador José Ivo Sartori, de cerimônia de financiamento de R$ 31,5 milhões do BRDE para a estruturação da mina localizada em Candiota. Além do montante que será repassado pelo banco, mais cerca de R$ 28 milhões serão emprestados diretamente pelo Bndes. A previsão é que a mina possa começar a fornecer carvão a partir de meados de 2018, com uma capacidade instalada de produção de 2,8 milhões de toneladas ao ano.
O presidente da Copelmi, que acumula a mesma função na Seival Sul Mineração, detalha que a reserva destinada para atender à Pampa Sul é de 100 milhões de toneladas, porém o total da mina é estimado em cerca de 450 milhões toneladas. "Prevemos que outros projetos serão instalados lá, na medida em que ocorram leilões de compra de energia a partir de térmicas a carvão", afirma Faria.
O investimento total no empreendimento, contando questões como aquisição de direitos minerais, será de R$ 103 milhões. As ações para preparar a mina já foram iniciadas através de capital próprio dos investidores. No momento, são em torno de 130 trabalhadores envolvidos com a estruturação do complexo. Porém, se forem consideradas também as pessoas empregadas na construção da usina, esse número salta para cerca 1,3 mil, aponta Faria.
O secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, acredita que boa parte da recuperação econômica do Rio Grande do Sul passa pelo setor carbonífero. O dirigente salienta que é preciso mudar de conceito, e não olhar o carvão somente pelo lado negativo, pois a tecnologia do setor avançou muito na redução do impacto ambiental. Branco recorda que o Estado possui aproximadamente 90% das reservas nacionais desse mineral. Além do empréstimo à Mina do Seival, o presidente do BRDE, Odacir Klein, comenta que, na área de energia, o banco apoiará o empreendimento eólico do grupo Atlantic com um financiamento de R$ 230 milhões. O parque está sendo desenvolvido em Santa Vitória do Palmar.
Apesar de comemorar o novo investimento no Estado, durante seu discurso, Sartori voltou a ressaltar as dificuldades econômicas do Rio Grande do Sul. O dirigente enfatizou que o Estado não consegue fazer Parcerias Público-Privada (PPPs), pois não tem dinheiro para aportar. O governador abordou ainda a questão da CRM. "O Estado tem uma companhia de mineração e me pergunto se cabe ao Estado fazer mineração", indagou. No final, fez um trocadilho que pode ser profético: "o que se deixou de fazer, os Faria (alusão ao sobrenome dos diretores da Copelmi) farão".
 
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