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Economia

- Publicada em 07 de Abril de 2017 às 17:31

Estudantes criam brinquedo inclusivo que utiliza 3D

Blocos fazem uso de alto relevo e alfabeto Braille

Blocos fazem uso de alto relevo e alfabeto Braille


AUTODESK/AUTODESK/DIVULGAÇÃO/JC
Patricia Knebel
Dois estudantes apostaram na sensibilidade e na tecnologia para criar um brinquedo voltado a crianças com deficiência visual de quatro a 10 anos. Giulia Pereira e Vitor Akamine criaram o Togotoy, formado por blocos modulares de formato retangular que se conectam por meio de encaixes simples.
Dois estudantes apostaram na sensibilidade e na tecnologia para criar um brinquedo voltado a crianças com deficiência visual de quatro a 10 anos. Giulia Pereira e Vitor Akamine criaram o Togotoy, formado por blocos modulares de formato retangular que se conectam por meio de encaixes simples.
Palavras escritas no alfabeto Braille, transcrições no alfabeto usual e o símbolo correspondente da palavra - os últimos dois em alto-relevo - são os estímulos disponibilizados na superfície externa de cada bloco. Para ajudar a criança a perceber, por exemplo, como é um sol ou uma árvore, foram criados blocos que relacionam palavras com a iconografia, que é um desenho o mais real possível, mas sem grandes detalhes.
Ao tatear a imagem, ela consegue identificar a forma, o que seria impossível se para isso tivesse que tocar uma árvore original. Estes elementos, somado ao contraste de cores entre o fundo e elementos da peça permitem que crianças com deficiência visual total ou parcial possam brincar juntas e criar suas próprias histórias.
A dinâmica da brincadeira com o Togotoy prevê a construção de uma história livre, criada por meio da imaginação das crianças. "Foram quatro os pilares levados em consideração ao criar o brinquedo: integração, alfabetização, criatividade e melhora na percepção de mundo", conta Akamine, da Engenharia Mecatrônica.
A ideia surgiu durante a finalização de um projeto para uma disciplina do curso de Design em que a tarefa proposta era desenvolver um brinquedo. Logo que eles começaram veio a vontade de torná-lo acessível para crianças com deficiências. "Essa motivação impulsionou o início do projeto, mas logo nos deparamos com obstáculos, pois não tínhamos nenhuma experiência prática em desenvolver algo inovador. A partir daí lançamos mão da modelagem e impressão 3D", conta Giulia, que é estudante de Design Gráfico.
Eles modelaram o brinquedo em 3D utilizando a ferramenta Autodesk Fusion 360 - a empresa de tecnologia oferece software e no programa de licenças gratuitas para estudantes. Akamine explica que o uso desse software foi fundamental para transformar a ideia em um objeto real e, dessa forma, a dar origem ao primeiro protótipo do produto. Ele teve contato com a ferramenta por meio de um curso dado pela própria Autodesk na sua faculdade.
"O software é fácil de manusear, pois permite que a gente faça qualquer coisa. Além disso, o trabalho em nuvem facilitou muito o desenvolvimento do Togotoy, já que a integração dos arquivos é muito mais fácil", explica o estudante.
Os jovens estão trabalhando no último protótipo e a expectativa é que, então, possam partir ainda esse ano para a primeira versão. "A nossa meta final é fazer esse brinquedo chegar nas mãos das crianças que precisam", relata. Eles vão buscar parceiros para poder partir para a fabricação em baixa e média escala e, se tudo der certo, poder produzir grandes quantidades. Os estudantes contam com a parceria do setor de inovação da Fundação Dorina Nowill para aprimorar o brinquedo.
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