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Varejo

- Publicada em 09 de Abril de 2017 às 21:14

Lojistas apostam na coleção outono-inverno

Nas Lojas Pompéia, estratégia é apostar em peças mais leves e que tenham uma maior durabilidade

Nas Lojas Pompéia, estratégia é apostar em peças mais leves e que tenham uma maior durabilidade


LOJAS POMPEIA/DIVULGAÇÃO/JC
O outono iniciou no dia 20 de março e, junto com ele, as vendas de coleções da estação. E, no que depender da intenção de compra dos gaúchos, os lojistas terão motivos para comemorar. É o que revela a pesquisa Tendências, realizada pela Associação Gaúcha do Varejo (AGV), segundo a qual 90,9% dos consumidores pretendem adquirir produtos de outono-inverno, volume 10% superior ao apurado pelo estudo no mesmo período do ano passado. O levantamento, realizado com 500 pessoas, entre 20 de fevereiro e 15 de março, em diversos municípios gaúchos, revela também que 57,1% dos entrevistados têm a intenção de comprar peças de vestuário. Estoques reduzidos, facilitação de crédito e coleções com maior variedade de itens estão entre as estratégias para atrair os clientes.
O outono iniciou no dia 20 de março e, junto com ele, as vendas de coleções da estação. E, no que depender da intenção de compra dos gaúchos, os lojistas terão motivos para comemorar. É o que revela a pesquisa Tendências, realizada pela Associação Gaúcha do Varejo (AGV), segundo a qual 90,9% dos consumidores pretendem adquirir produtos de outono-inverno, volume 10% superior ao apurado pelo estudo no mesmo período do ano passado. O levantamento, realizado com 500 pessoas, entre 20 de fevereiro e 15 de março, em diversos municípios gaúchos, revela também que 57,1% dos entrevistados têm a intenção de comprar peças de vestuário. Estoques reduzidos, facilitação de crédito e coleções com maior variedade de itens estão entre as estratégias para atrair os clientes.
O principal fator para alcançar bons resultados nas vendas é acertar na quantidade de peças da estação que formarão o estoque. "Não existe transtorno maior para o lojista - principalmente o de pequeno porte - do que ficar com produtos pesados guardados de um ano para o outro", afirma o presidente da AGV, Vilson Noer. Por esse motivo, o dirigente considera fundamental que os comerciantes avaliem os seus históricos de vendas dos anos anteriores e também a previsão meteorológica. O fator climático é um ponto complicado para os lojistas, pois precisam pensar nas peças de acordo com as temperaturas.
A abertura de 18.736 vagas de empregos formais no primeiro semestre no Rio Grande do Sul aliada à liberação das contas inativas do FGTS tende a injetar R$ 1,6 bilhão na economia gaúcha até julho deste ano. "A criação de postos de trabalho é um fator determinante, já que os trabalhadores formais têm mais facilidade em abrir crédito nas lojas", destaca o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FDCL-RS), Vitor Augusto Koch. A FCDL-RS estima um crescimento de 4% nas vendas no setor têxtil no segundo semestre em relação à igual período de 2016. Quanto aos estoques, Koch diz que, atualmente, os lojistas de pequeno e médio porte estão mais próximos dos fabricantes, o que permite compras menores e mais recorrentes, com a reposição de acordo com a saída das mercadorias.
A Gang, rede gaúcha especializada em moda jovem, tem como principal estratégia de venda analisar os estoques detalhadamente ao fim de cada coleção para colocar em promoção alguns produtos de menor circulação na loja. As expectativas de venda são altas, já que, segundo a diretora-geral da Gang, Ana Luíza Ferrão Cardoso, os preços e as condições de pagamento são pensados para facilitar os negócios.
Nas Lojas Pompéia, a estratégia é apostar em uma coleção com peças mais leves e que tenham uma maior durabilidade, para driblar os prejuízos que as incertezas meteorológicas podem causar. Apostando em um inverno intenso como o de 2016, a rede prevê um acréscimo de 10% nas vendas da estação, mantendo a média de crescimento da rede nos últimos anos. Já a Rabusch, especializada em moda feminina, foca no conceito jovem executiva e abastece os estoques com os modelos focados nesse segmento, trabalhando com variedade de cores e tamanhos.
Para as lojas de pequeno e médio porte, uma alternativa é diminuir a amplitude das mercadorias oferecidas. "É importante focar no produto ou segmento que é o forte da empresa para que, quando o cliente procurar determinado item, o lojista o tenha em estoque", aconselha o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA) Alcides Debus.

Estoques ganham nova composição para atender as peculiaridades de cada região do Brasil

José Castilho Jr. é diretor de operações das lojas Riachulo na Região Sul

José Castilho Jr. é diretor de operações das lojas Riachulo na Região Sul


LOJAS RIACHUELO/DIVULGAÇÃO/JC
O setor têxtil sempre foi marcado por três coleções principais: primavera-perão, alto verão e outono-inverno. Hoje, esse conceito está em transformação. Cada vez mais, lojas de pequeno e médio portes trabalham com uma média de quatro coleções e as grandes redes montam até oito coleções durante o ano. "Desta forma, as lojas sempre têm lançamento", comenta o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas), Paulo Kruse.
Um exemplo desse novo conceito são as Lojas Riachuelo, que trabalha, desde setembro, com um sistema que alimenta os estoques diariamente. Antes, as reposições eram feitas por coleções. A empresa leva em conta as peculiaridades de cada região do País em suas 291 unidades. No Estado, as 11 filiais receberam peças específicas classificadas como "superfrias", são exclusivas das coleções de outono-inverno, produzidas em menor quantidade. "A ideia é construir o conceito de exclusividade para o cliente, já que teremos itens com os mesmos elementos, mas nunca iguais", diz o gerente regional das Lojas Riachuelo, José Castilho Jr.
As Lojas Renner seguem estratégia semelhante, com um conceito único de outono-inverno para todo o Brasil e diferenciais nas coleções destinadas à região Sul do País. As peças de sobreposição e de categorias mais pesadas, como jaquetas, peças de veludos, moletons e malhas, são enviadas apenas para as unidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Mas a segmentação vai além. A distribuição das mercadorias leva em consideração fatores como o tamanho da filial, localização e perfil do consumidor. "Ao avaliar esses fatores, podemos entender melhor o cliente e, assim, definir a reposição de estoques", diz o diretor de compras da Renner, Haroldo Rodrigues. Segundo ele, a empresa conta com um sistema de informação rápido e preciso que ajuda a enfrentar o desafio de equilibrar as coleções de acordo com as características de cada localidade.
 

Indústria têxtil quer se aproximar dos comerciantes

Entre junho e julho, comerciantes e fabricantes de produtos têxteis terão a possibilidade de trocar experiências. O Sindicado das Indústrias Têxteis do Rio Grande do Sul (Sitergs), em parceria com o Sindicado da Confecção do Rio Grande do Sul, prepara uma feira para aproximar a cadeia. O objetivo, além de possibilitar aos empresários do varejo que acompanhem, de perto, como as peças que vendem são produzidas, é estimular que comprem de fabricantes locais.
A interação com os lojistas também permitirá que os industriais discutam as tendências para o próximo ano - caso de cores e matéria-prima utilizada -, uma vez que as fábricas iniciam a produção da coleção outono-inverno um ano antes de as peças irem para as prateleiras. Mais uma vez, o fator meteorológico faz a diferença. "A venda desses produtos depende do frio e, caso o inverno não seja favorável, os fabricantes acabam com a mercadoria encalhada e amargando grandes prejuízos, pois o capital de giro fica imobilizado", diz o presidente do Sitergs, Ervino Ivo Renner.