Volume de negócios do setor de serviços tem melhora em março

O Índice de Gerente de Compras (PMI, da sigla em inglês) do setor de Serviços brasileiro subiu para 47,7 pontos em março, de 46,4 pontos em fevereiro, informou a Markit. O PMI Consolidado, que considera também o setor industrial, chegou a 48,7 pontos ante 46,6 pontos no mês anterior. Os indicadores tiveram alta recorde em dois anos, mas ainda permanecem abaixo de 50 pontos, o que indica contração da atividade.

A demanda por serviços brasileiros melhorou em março, com preços mais competitivos cobrados pelos clientes. Foi a segunda expansão consecutiva no volume de novos negócios, mas em março o ritmo de alta foi mais intenso.

Os custos dos insumos para prestadores de serviços continuaram a subir em março, mas de forma menos acentuada, segundo o levantamento. Contudo, as pressões da concorrência e as tentativas para impulsionar a demanda encorajaram as empresas de serviços a baixar seus preços de venda em março. Os preços cobrados diminuíram em média pelo décimo segundo mês consecutivo.

Os negócios pendentes foram reduzidos, já que os prestadores de serviços tiveram recursos suficientes para trabalhar em projetos. O número de funcionários seguiu em redução, ainda que menos substancial, alcançando o 25º mês de perdas de emprego. Perda de contratos existentes e planos de reestruturação das empresas são os motivos das demissões.

Em março, o otimismo no setor de serviços subiu. Quase 60% dos entrevistados indicaram um sentimento positivo para as perspectivas de atividade em a 12 meses; menos de 9% se sentiram pessimistas. A economista da Markit Pollyana de Lima avalia que o PMI sinaliza que já se vê luz no fim do túnel na economia. "Os dados do PMI para o Brasil reforçam os pressentimentos de que o declínio econômico atingiu o fundo do poço e que o único curso possível é para cima", diz Pollyana.