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Economia

- Publicada em 03 de Abril de 2017 às 20:01

Superávit comercial bate recorde em março

Queda nas vendas externas de carnes não trouxe grandes prejuízos

Queda nas vendas externas de carnes não trouxe grandes prejuízos


DIVULGAÇÃO/MPT/JC
O superávit da balança comercial brasileira somou US$ 7,1 bilhões em março, o melhor resultado para o mês da série histórica, que começa em 1989. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) ontem.
O superávit da balança comercial brasileira somou US$ 7,1 bilhões em março, o melhor resultado para o mês da série histórica, que começa em 1989. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) ontem.
As exportações somaram US$ 20 bilhões, o que representa um crescimento de 20,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. As importações ficaram em US$ 12,9 bilhões, um aumento de 7,1% ante março de 2016. Com saldos positivos nos três primeiros meses de 2017, a balança acumula um superávit de US$ 14,4 bilhões até março, resultado de importações de US$ 36 bilhões e exportações que chegaram a US$ 50,4 bilhões.
A exportação de carne bovina somou US$ 404 milhões em março deste ano, o que representa uma queda de 6,1% em comparação com igual mês de 2016, no cálculo pela média diária. As carnes de frango e suína, ao contrário, apresentaram aumento nas exportações, também no cálculo pela média diária. A carne de frango teve uma alta de 7%, com US$ 571 milhões exportados no mês passado. A carne suína, cuja exportação somou US$ 138 milhões no mês passado, apresentou um crescimento de 33,4%.
Em março, a Polícia Federal deflagrou a Operação Carne Fraca, que investiga um esquema de corrupção na fiscalização de carnes pelo País. De acordo com a PF, uma organização criminosa facilitava a produção de alimentos adulterados em troca de propina. Venda de carne podre, produto químico para mascarar o aspecto ruim da carne, reembalagem de produtos vencidos e até produtos adulterados em merenda escolar foram apontados na investigação.
A deflagração da Operação Carne Fraca pela Polícia Federal não trouxe grandes prejuízos à exportação de carnes pelo Brasil, afirmou ontem o diretor de Estatística e Apoio à Exportação do Mdic, Herlon Brandão. Segundo ele, a média diária de embarques chegou a cair na quarta semana, logo após a notícia sobre as investigações, mas depois houve recuperação.
"O governo agiu logo e os mercados permaneceram abertos à carne brasileira", disse Brandão. Segundo ele, alguns países demonstraram cautela diante da operação, mas esse movimento foi rapidamente revertido. "Todos os países que demonstraram preocupação com a operação compraram carne do Brasil", afirmou o diretor.
O Mdic contabilizou venda de carne brasileira para 137 países em março. "O governo conseguiu reverter (sanções de) todos os principais mercados. A análise é que o pior passou, foi um susto logo após a operação. A média diária de exportação de carnes chegou a cair logo após a operação, mas rapidamente os embarques normalizaram", disse Brandão.
Até a terceira semana de março, a média diária de exportação de carnes (in natura e industrializadas) estava em US$ 63 milhões. Na quarta semana, passou a US$ 50 milhões. Já na quinta semana, a média ficou em US$ 52 milhões. "Encerramos o mês com média diária de US$ 57 milhões em exportações de carnes", destacou Brandão.
Brandão reconheceu que a quantidade exportada de carnes caiu, mas explicou que essa tendência já vinha sendo observada no primeiro bimestre. "Essa queda é bastante concentrada no Egito, que tem adquirido menos carne bovina", disse.
 
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