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Repórter Brasília

- Publicada em 03 de Abril de 2017 às 22:47

Incertezas políticas

Por mais que as notícias na economia estejam melhores, a política vive um período conturbado. O presidente Michel Temer (PMDB) perdeu o Senado e vem perdendo cada vez mais a Câmara dos Deputados. O senador Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado, rompeu com Temer, e um grupo de mais oito senadores peemedebistas pretende fazer o mesmo. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), não esconde o desconforto com Temer. A terceirização aprovada na Câmara e sancionada por Temer teve o seu preço: mais instabilidade.
Por mais que as notícias na economia estejam melhores, a política vive um período conturbado. O presidente Michel Temer (PMDB) perdeu o Senado e vem perdendo cada vez mais a Câmara dos Deputados. O senador Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado, rompeu com Temer, e um grupo de mais oito senadores peemedebistas pretende fazer o mesmo. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), não esconde o desconforto com Temer. A terceirização aprovada na Câmara e sancionada por Temer teve o seu preço: mais instabilidade.
Terrorismo puro
Na Câmara, a maioria que Temer tinha vem diminuindo cada vez mais. A cobrança de cursos de pós-graduação nas universidades públicas, que sofreu uma oposição protocolar, foi derrotada. A terceirização passou por pouco. Ao mesmo tempo, as reformas trabalhista e da Previdência se veem cada vez mais ameaçadas. Talvez, o sentimento da base seja resumido na fala do deputado federal gaúcho Onyx Lorenzoni (DEM): "O que faz o sr. Temer e seu governo? Terrorismo puro".
O julgamento do ano
Para piorar, o Tribunal Superior Eleitoral vai começar a julgar a chapa Dilma Rousseff (PT)-Temer hoje. Os ministros dão a entender que não vão separar as campanhas, o julgamento vai demorar e Temer, com a popularidade lá embaixo, vai sangrar. Há nos bastidores uma quase certeza da cassação de Temer. Já se fofoca nos corredores de Brasília que o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes estaria se cacifando para assumir a presidência.
Confusão maior
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) diz que uma eventual cassação do presidente Michel Temer pelo TSE e uma consequente eleição indireta traria uma "confusão" ainda maior para o País. Na opinião de FHC, o processo que corre na Corte Eleitoral traz riscos para o Brasil, principalmente no setor econômico. Na avaliação experiente de Fernando Henrique, "a percepção das pessoas, especialmente dos investidores, é: vamos ter outro problema no Brasil". "Com isso, eles se retraem", avaliou o ex-presidente. Acrescentando: "O Brasil está, há muito tempo, de pernas para o ar, está começando a assentar um pouco. Levar muito tempo em um julgamento que põe em risco a situação vigente tem consequências negativas".
Cláusula de barreira
Fernando Henrique defendeu a aprovação de cláusula de barreira para os partidos, além da proibição de coligação nas eleições proporcionais. Os parlamentares estão pedindo que o contribuinte pague, através do fundo partidário. "Os países que têm fundo partidário tem quatro, cinco ou seis partidos. Aqui tem mais de 30. Não há dinheiro que possa dar conta de 30 e poucos partidos", acentuou. Fernando Henrique negou que o PSDB já tenha candidato ao Palácio do Planalto. "Não se sabe ainda o resultado da Lava Jato, quem para em pé, quem não para em pé." Concluiu dizendo que quem decide, "no fundo, não somos nós. É o eleitorado".
 
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