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Porto Alegre, domingo, 09 de abril de 2017. Atualizado �s 21h59.

Jornal do Com�rcio

Panorama

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arte urbana

Not�cia da edi��o impressa de 10/04/2017. Alterada em 07/04 �s 17h18min

Dione Martins lan�a o livro Xadalu - movimento urbano

Criador do onipresente �ndio Xadalu (detalhe), Dione Martins lan�a livro

Criador do onipresente �ndio Xadalu (detalhe), Dione Martins lan�a livro


JONATHAN HECKLER/JC
Ricardo Gruner
A arte urbana por muitas vezes é efêmera – passando por alterações ou substituições. Conhecido por levar às ruas um trabalho que faz referência à cultura indígena, Dione Martins, o Xadalu, já foi retratado em um curta-metragem, conquistou espaços em centros culturais e agora cumpre mais uma etapa no processo de consolidação. O artista lança o livro Xadalu – movimento urbano (150 págs., R$ 50,00) amanhã, no mezanino da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736). O evento inclui um bate-papo sobre o processo criativo e acontece a partir das 19h.
Dione Martins adotou Xadalu como nome desde a criação da figura do indiozinho que ilustra a reportagem, ainda em 2004. Desde então, o personagem estampa adesivos e cartazes espalhados em mais 60 países. O personagem, claro, está no livro.
“Tentamos captar a essência de linhas que identificamos no repertório do artista”, afirma Adauany Zimovski, uma das organizadoras do projeto. “Um dos eixos inclui algumas obras iconológicas, tudo o que diz a respeito dessa figura e dos adesivos que vemos pela rua”, completa ela, adiantando que o material também toca em uma narrativa de protesto – explicando as razões que levam o artista a trabalhar a questão indígena e o espaço da cidade.
Ela assina um dos textos da publicação, que também conta com observações de Vitor Mesquita, Francisco Dalcol, André Venzon, Patrícia Ferreira e um depoimento do próprio Dione Martins. Os convidados se debruçaram sobre séries desenvolvidas por Xadalu. Entre elas está Área indígena, composta por cartazes e adesivos colados nas ruas em forma de placas de sinalização – a fim de denunciar o choque cultural entre índios e brancos.
Outra, Seres invisíveis, inclui fotografias impressas colocadas em pontos estratégicos da Capital Gaúcha para a ampliar o debate sobre marginalização. Já em Fauna guarani, o artista destaca pinturas que representam os animais sagrados da cultura guarani – e reconhecidos no artesanato em madeira produzidos pelos índios.
“No livro, conseguimos colocar como funciona essa ida para a aldeia, a imersão na aldeia e a volta para cidade. Mostramos como trago isso em forma de arte contemporânea”, diz o próprio Xadalu, cujo livro é trilíngue – português, inglês e guarani. “Antes eu passava pelo Centro e só ouvia os indígenas dizerem que achavam meu trabalho legal”, afirma ele, comparando: “Hoje eles conversam comigo sobre visibilidade.
A publicação também inclui um caderno pedagógico e uma conversa com Toniolo sobre arte urbana, entre outras atrações. Após o lançamento, 40% dos livros serão doados para aldeias – para comercialização e complementação de renda dos indígenas.
Já Xadalu vai para a Europa para exposições na Itália e Alemanha – além de realizar intervenções nas ruas de outras cidades. Um documentário sobre o artista está em fase de gravação – com produção da Zepelin e Pitanga Filmes.
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