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Aviação

- Publicada em 13 de Abril de 2017 às 18:01

RIOGaleão ganha prazo para pagar a outorga

Proposta prevê adiantamento dos desembolsos dos próximos três anos em um total de R$ 4,5 bilhões

Proposta prevê adiantamento dos desembolsos dos próximos três anos em um total de R$ 4,5 bilhões


TOMAZ SILVA/TOMAZ SILVA/ABR/JC
A concessionária RIOGaleão não fez o pagamento dos R$ 915 milhões referente à outorga de 2016 prevista para sexta-feira, dia 7. Na prática, com o descumprimento do prazo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) poderia executar a garantia dada pelo consórcio na época da assinatura do contrato de concessão, em 2014.
A concessionária RIOGaleão não fez o pagamento dos R$ 915 milhões referente à outorga de 2016 prevista para sexta-feira, dia 7. Na prática, com o descumprimento do prazo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) poderia executar a garantia dada pelo consórcio na época da assinatura do contrato de concessão, em 2014.
Mas, depois de uma série de reuniões com o Ministério dos Transportes, Casa Civil e Secretaria-Geral da Presidência da República, a concessionária pode ganhar um prazo até 30 de abril para quitar sua dívida.
Durante a semana, a empresa havia protocolado um pedido de reperfilamento da outorga permitido pela Portaria nº 135, publicada no dia 28 de março pelo Ministério dos Transportes. A proposta da concessionária, formada por Odebrecht Transport, Changi e Infraero, prevê o adiantamento dos pagamentos de 2018, 2019 e parte de 2020, além de quitar a dívida de 2016 e 2017.
No total, a empresa desembolsaria R$ 4,5 bilhões. Depois disso, haveria uma carência para pagamento do volume restante (no leilão, a empresa aceitou pagar R$ 19 bilhões de outorga para o governo). Para isso, a RIOGaleão pediu, até o fim do mês, para pagar a outorga restante do ano passado.
Segundo fontes em Brasília, o governo federal aceitou o pedido da concessionária. O Ministério dos Transportes enviou um oficio para a Anac recomendando a extensão do prazo até o fim deste mês. Mas é a agência quem vai decidir se acata ou não o pedido. Procurada, a agência informou que vai analisar o documento após tirar um extrato do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) para comprovar oficialmente que a empresa não fez o depósito na data combinada.
Para fazer o pagamento da outorga, de quase R$ 1 bilhão, até o fim deste mês, os sócios da RIOGaleão decidiram fazer um aumento de capital. Isso significa que a Odebrecht - que vive uma das piores crises da sua história e tem vendido vários ativos para honrar seus compromissos - terá de aportar quase R$ 300 milhões; a Changi, outros R$ 180 milhões; e a Infraero, quase R$ 450 milhões. Segundos fontes do governo, a parte da estatal já estaria assegurada, pois sai do Fnac.
Para fazer a nova proposta de pagamento, o consórcio contou com a entrada de um novo sócio. A chinesa HNA está fazendo duo diligence na empresa e, até o fim do mês de maio, deve ter um acordo fechado para a compra da fatia da Odebrecht Transport na concessionária que administra o Galeão.

Congonhas festeja 81 anos e ganha nova área de gastronomia

Inovações no terminal vão garantir maior conforto para passageiros e para a população da capital paulista

Inovações no terminal vão garantir maior conforto para passageiros e para a população da capital paulista


ROVENA ROSA/ROVENA ROSA/ABR/JC
O segundo aeroporto mais movimentado do País, o aeroporto de São Paulo-Congonhas, localizado na zona Sul da cidade, completou, na semana passada, 81 anos de funcionamento. Administrado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o terminal atingiu a média diária de 57 mil passageiros e 580 pousos e decolagens, em voos, exclusivamente, domésticos.
Em comemoração à data, Congonhas passou a oferecer um novo serviço de gastronomia com a inauguração do restaurante Noar - Culinária à Mão em substituição ao que existia no segundo andar do terminal de passageiros. Das 11h às 23h, além de comida brasileira contemporânea, os clientes encontrarão opções de pratos internacionais com serviços à la carte ou buffet. No mesmo espaço, os consumidores têm também à disposição um lounge, café e bar.
A Infraero também anunciou que até junho deste ano deverá ficar pronto um espaço multicultural denominado Showcase na praça do edifício-garagem do aeroporto, área que hoje é subutilizada. A intenção é transformar o local em um centro de eventos, com feiras e shows nacionais e internacionais.
O superintendente da Infraero no aeroporto de Congonhas, Aparecido Iberê de Oliveira, disse, por meio de nota, que a ideia não é só dar maior conforto aos passageiros. Para ele, com as melhorias, será possível resgatar os visitantes que, no passado, iam a Congonhas em busca de entretenimento.
"No passado, Congonhas era ponto de encontro de amigos por ter um dos poucos cafés 24 horas da cidade. Bailes carnavalescos também eram realizados no terminal. Com o projeto do espaço multifuncional, esperamos resgatar esse vínculo com a sociedade de forma geral."
O projeto da Showcase foi desenvolvido pela MGM Arquitetura em uma área que deverá ter 3,5 mil metros quadrados, com capacidade para receber em torno de 2,5 mil pessoas sentadas e 5 mil em formato de plateia. Será voltada tanto para passageiros, pessoas em trânsito quanto para a população.
Inaugurado em 12 de abril de 1936, o aeroporto de Congonhas teve um crescimento rápido entre 1941 e 1951, quando viu seu movimento de passageiros aumentar 20 vezes e o transporte de carga ter uma expansão de 100 vezes. Entre os períodos marcantes de sua história está o fato de ter alcançado a posição de terceiro maior terminal aéreo do mundo, em 1957, ficando atrás apenas dos aeroportos de Londres e Paris.
Atualmente, o terminal paulistano tem o maior número de viajantes em conexões na América Latina - durante o ano passado, com voos diretos para 36 cidades do Brasil, foram transportados 6,5 milhões de passageiros. O movimento só perde para Guarulhos (SP).