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JC Logística

- Publicada em 06 de Abril de 2017 às 17:02

Executivo da Odebrecht confessa propina de R$ 17 mi ao PT

 Projeto de construção de submarinos foi utilizado para desvio de verbas

Projeto de construção de submarinos foi utilizado para desvio de verbas


YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
O ex-presidente da Construtora Norberto Odebrecht - principal braço de infraestrutura do grupo - Benedicto Barbosa da Silva Júnior disse, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que repassou R$ 17 milhões em propinas, entre 2012 e 2013, ao PT no contrato de construção de cinco submarinos - um deles movido à energia nuclear - para a Marinha. O negócio, de R$ 31 bilhões, foi fechado em parceria com a francesa DNSC, que tem como principal acionista o governo da França, em 2008.
O ex-presidente da Construtora Norberto Odebrecht - principal braço de infraestrutura do grupo - Benedicto Barbosa da Silva Júnior disse, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que repassou R$ 17 milhões em propinas, entre 2012 e 2013, ao PT no contrato de construção de cinco submarinos - um deles movido à energia nuclear - para a Marinha. O negócio, de R$ 31 bilhões, foi fechado em parceria com a francesa DNSC, que tem como principal acionista o governo da França, em 2008.
"Ele (Marcelo Odebrecht) me alocou R$ 17 milhões ao longo da vida do submarino", afirmou Silva Júnior, um dos 78 nomes da megadelação da Odebrecht, fechada com a Operação Lava Jato. "Ficou uma deliberação para o Partidos dos Trabalhadores ao longo das suas necessidades. Foi feito como caixa-2, mas não era campanha."
O dinheiro seria para que as liberações de dinheiro do governo federal no contrato de construção dos submarinos do Programa de Desenvolvimento de Submarino (Prosub) não parassem. "O que eu pedia a Marcelo, e ele se envolvia bastante, era no fluxo de pagamentos do submarino nuclear. Ele fazia da agenda que ele tinha com as pessoas. Da importância do submarino nuclear não ficar... Porque chegava o final de ano havia uma retenção, eles só iam pagar em março, era um projeto que demandava R$ 100 milhões por mês", disse.
O programa para a construção dos submarinos (batizado de Prosub) foi lançado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assinou a "parceria estratégica" com o presidente da França, Nicolas Sarkozy. A DCNS ficou responsável pela transferência de tecnologia ao País e escolheu a Odebrecht como parceira nacional no projeto, sem realização de licitação.
Alvo da Operação Lava Jato, o Prosub foi inicialmente orçado em 6,7 bilhões. O pacote previa a construção de um estaleiro em Itaguaí, no Rio, a operação e manutenção dos submarinos, a construção de quatro submarinos convencionais e de um com propulsão nuclear." Segundo a Marinha, o valor estimado até o final do programa é de cerca de R$ 31,85 bilhões.
Marcelo Odebrecht, preso desde 19 de junho de 2015, pela Lava Jato, em Curitiba, afirmou que o grupo tinha acertado em 2014 um total de R$ 150 milhões a serem repassados oficialmente e via caixa-2 para a campanha presidencial do PT. Desse valor, ele afirmou que R$ 50 milhões ele pediu que fossem bancados pela área de infraestrutura do grupo, em especial, pelo interesse de que as liberações de recursos do Prosub não parassem.
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