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Empresas & Negócios

- Publicada em 25 de Abril de 2017 às 14:22

Rodoil avalia romper fronteiras do Sul

Roberto Tonietto adianta que a definição sobre essa questão acontecerá ainda neste ano

Roberto Tonietto adianta que a definição sobre essa questão acontecerá ainda neste ano


JULIO SOARES/JÚLIO SOARES/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
A distribuidora gaúcha de combustíveis Rodoil tem pela frente uma importante decisão a ser tomada: levar ou não suas operações para além dos limites da região Sul do Brasil. A empresa, que foi fundada em Caxias do Sul, em 2006, a partir de uma pequena rede de postos, atende hoje a centenas de estabelecimentos espalhados por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O diretor-presidente da Rodoil, Roberto Tonietto, adianta que a definição sobre essa questão acontecerá ainda neste ano.
A distribuidora gaúcha de combustíveis Rodoil tem pela frente uma importante decisão a ser tomada: levar ou não suas operações para além dos limites da região Sul do Brasil. A empresa, que foi fundada em Caxias do Sul, em 2006, a partir de uma pequena rede de postos, atende hoje a centenas de estabelecimentos espalhados por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O diretor-presidente da Rodoil, Roberto Tonietto, adianta que a definição sobre essa questão acontecerá ainda neste ano.
Empresas & Negócios - A companhia está avaliando ingressar em outras regiões?
Roberto Tonietto - Estamos atentos. Hoje, atuamos no Sul do Brasil com uma capilaridade bastante grande. Naturalmente, analisamos a possibilidade de aumentar o mercado. Por isso, temos estudos no Centro-Oeste e também no Sudeste.
Empresas & Negócios - Quando deve ocorrer a definição sobre esse assunto?
Tonietto - A decisão sai neste ano. Pelo menos a decisão, não quer dizer que já começaremos a atuar.
Empresas & Negócios - Partindo da hipótese de que se confirme a intenção de atuar em outras regiões, qual seria a estratégia a ser adotada a partir da decisão de expandir?
Tonietto - Aqui no Sul, nós temos uma estratégia definida de atuar em municípios pequenos e médios. O investimento é menor, e as margens são maiores. Também temos postos em capitais, mas é uma estrutura diferente. Projetamos a mesma estratégia: começar com cidades menores, para depois chegar às capitais.
Empresas & Negócios - A que fatores a empresa atribui o bom desempenho financeiro do ano passado (crescimento de 84% comparado com 2015, com faturamento de R$ 2,4 bilhões)?
Tonietto - O ano passado teve o reflexo da fusão com a Mazp (distribuidora paranaense de combustíveis), que ocorreu na metade de 2015. Se forem comparadas as vendas de 2016, em relação a uma base um pouco menor do ano anterior, isso explica o aumento de faturamento.
Empresas & Negócios - Para 2017, a empresa projeta um aumento de mais de 50% no resultado. Em que se baseia essa expectativa?
Tonietto - Nós começamos a operar, no segundo semestre do ano passado, com três novas bases de distribuição (nos municípios catarinenses de Chapecó, Piçarras e Lages). Em 2017, teremos essa operação durante um ano inteiro. E também haverá um incremento da rede, com a abertura de pelo menos 60 postos com bandeira própria.
Empresas & Negócios - A Rodoil, que atende hoje a 950 postos, deve ultrapassar, neste ano, o patamar de mil estabelecimentos com bandeira própria e branca (que compram de mais de uma distribuidora). Qual é o limite para o crescimento da companhia?
Tonietto - O mercado é bastante grande, a Rodoil tem hoje 1% do mercado nacional, apesar de atuarmos somente no Sul do País. Mas há um espaço enorme ainda para crescer. Lógico que o potencial de postos com bandeira é mais limitado, porque demanda mais investimentos. Não tem um limite que o mercado estipule, depende muito do nosso caixa mesmo e das nossas condições de logística.
Empresas & Negócios - A empresa tem planos para aumentar o seu market share?
Tonietto - O crescimento será natural, a menos que apareça uma nova fusão ou aquisição.
Empresas & Negócios - A Rodoil comercializou, no ano passado, 872 milhões de litros em combustíveis (etanol, gasolina e diesel), qual a previsão para 2017?
Tonietto - Com certeza, passará da casa de 1 bilhão de litros.
Empresas & Negócios - Para a Rodoil, quais são as vantagens e desvantagens de trabalhar com bandeira branca e própria?
Tonietto - O posto bandeirado acarreta fidelização, existe uma relação comercial mais sólida, até porque entramos com investimento no estabelecimento, com imagem e know-how. E o posto de bandeira branca é mais o mercado spot, do dia a dia. Os dois têm suas vantagens e desvantagens. Trabalhamos o posto de bandeira branca como uma porta de entrada para transformá-lo em bandeirado em médio prazo.
Empresas & Negócios - Qual é o investimento feito pela distribuidora em um posto com bandeira?
Tonietto - É muito variável. Isso depende da localização do posto, do potencial de vendas, da negociação feita com o revendedor. Fica difícil falar em valores absolutos, porque é uma negociação caso a caso.
Empresas & Negócios - Em que são aportados os recursos?
Tonietto - Normalmente, em equipamentos, tanques, bombas, imagem e know-how de operação.
Empresas & Negócios - Levando em conta o investimento global, quanto a companhia pretende investir neste ano em abertura de novos postos?
Tonietto - Entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões.
Empresas & Negócios - Hoje, a companhia possui 10 bases de distribuição, esse número é suficiente ou precisa aumentar?
Tonietto - É satisfatório, mas estamos olhando o mercado para, pelo menos, contar com mais duas bases na região Sul. Examinamos uma no Rio Grande do Sul e outra em Santa Catarina.
Empresas & Negócios - Como é a concorrência no mercado de combustíveis?
Tonietto - A concorrência, nesse setor, é pesada em todos os nichos. As três grandes (BR, Ipiranga e Raízen) têm a concentração de mercado e investem pesado na abertura de postos, fundamentalmente em grandes centros, com volume de vendas alto. Por isso, fugimos um pouco desses centros maiores, preferimos focar mais o interior, onde a concorrência é um pouco menor, e aí batemos com as empresas médias, do nosso tamanho. Mas o mercado é isso mesmo, e temos que ser capazes e competentes para concorrer nele.
Empresas & Negócios - Qual é a sua avaliação sobre o posicionamento da marca Rodoil hoje no mercado?
Tonietto - A Rodoil começou a ser vista agora. Depois da fusão (com a Mazp), que ficamos com um corpo maior, começamos a fazer mais investimentos na marca, em publicidade. Claro que não estamos satisfeitos ainda. Acredito que a Rodoil tem que ser mais conhecida, principalmente no Sul do País, onde atuamos. Pretendemos continuar com ações de marketing e propaganda.
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