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Empresas & Negócios

- Publicada em 10 de Abril de 2017 às 10:40

Polo de inovação avança no País


CREATIVEART/FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC/
Do Amazonas ao Rio Grande do Sul, empreendedores de fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo vêm desenvolvendo negócios inovadores com o objetivo de ultrapassar fronteiras. A startup de Manaus eMercado desenvolveu um aplicativo para comparar preços em supermercados com informações dadas pelos usuários. A empresa, criada em 2015, atua no Amazonas e em Rondônia. Seu cofundador Flavio Montenegro Filho conta que a startup negocia com investidores uma injeção de capital para a expansão nacional do serviço. Também já faz testes para entrar em Portugal. Essa empresa é a segunda de Montenegro Filho; a primeira fechou em 2013.
Do Amazonas ao Rio Grande do Sul, empreendedores de fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo vêm desenvolvendo negócios inovadores com o objetivo de ultrapassar fronteiras. A startup de Manaus eMercado desenvolveu um aplicativo para comparar preços em supermercados com informações dadas pelos usuários. A empresa, criada em 2015, atua no Amazonas e em Rondônia. Seu cofundador Flavio Montenegro Filho conta que a startup negocia com investidores uma injeção de capital para a expansão nacional do serviço. Também já faz testes para entrar em Portugal. Essa empresa é a segunda de Montenegro Filho; a primeira fechou em 2013.
De lá para cá, ficou mais fácil empreender em Manaus, diz. A região ganhou uma aceleradora (empresa que investe em startups), a FabriQ. "Antes, não existia tanto suporte. Tenho assessoria contábil, jurídica e acesso a especialistas de fora da cidade. Se não fosse por isso, acredito que teria fechado." Segundo Rafael Ribeiro, diretor executivo da ABStartups, empresas baseadas em tecnologia da informação têm como característica o potencial de buscar clientes mundo afora, não importando onde a companhia tem sede. De Maceió, a Trakto tem clientes nos EUA, Canadá, Colômbia, Bolívia, Portugal, Alemanha e Reino Unido. Ela desenvolveu uma plataforma para ajudar trabalhadores autônomos em seus materiais de divulgação, como livros eletrônicos, posts em redes sociais e propostas comerciais.
Seu fundador, Paulo Tenório, conta que a companhia começou em 2013, período em que Maceió recebeu eventos de empreendedorismo patrocinados por investidores e pelo governo local. No início, a empresa deixou suas origens e passou por programas de aceleração em Minas Gerais e nos EUA. Mas, em 2015, Tenório decidiu voltar a Alagoas. Entre as vantagens da cidade, ele aponta a presença de mão de obra qualificada com custo menor do que em grandes centros. "De uma sala de Maceió conseguimos fazer negócios com empresas do mundo inteiro, algo que, até alguns anos, era impensável."
Além da facilidade de crescer pela internet, as startups brasileiras também se beneficiam de estruturas de apoio para seu crescimento. Segundo a Anprotec (associação que reúne parques tecnológicos e incubadoras de empresas), o Brasil tem, com 369 incubadoras de empresas, cerca de 90 iniciativas de parques tecnológicos e 35 aceleradoras (essas últimas, praticamente todas abertas desde 2011).
Jorge Audy, presidente da Anprotec, considera o surgimentos de ambientes de inovação como "joias raras", que conseguem se desenvolver apesar das dificuldades para empreender no País. Em Pernambuco, o ecossistema para inovação começou a ganhar corpo com o parque tecnológico Porto Digital, em 2000, iniciativa que uniu empresários, pesquisadores e governo estadual.
Em 2017, o parque reuniu suas estruturas para fomento de novos negócios em um casarão de 1.600 metros quadrados do século XIX. Ali ficam incubadora de empresas (para aqueles que, em geral, demandam pesquisa e mais tempo de maturação), aceleradora de startups, coworking e espaço com material para criar protótipos. Atualmente, 29 empresas participam dos programas de apoio a startups.
A In Loco Media é uma das companhias incubadas ali e que começam a expandir, inclusive para fora do País. Aberta em 2011, a empresa desenvolveu tecnologia para identificar a localização de smartphones em ambientes fechados. A companhia diz ter faturado R$ 50 milhões com propaganda para usuários de celulares, levando em conta sua localização e hábitos de consumo. A empresa atua também na Argentina, México, EUA e Alemanha.
O desenvolvimento de ecossistemas regionais leva muitos de seus participantes a compararem o que existe ali com o que foi desenvolvido pelo mais famoso dos ambientes de empreendedorismo no mundo, o Vale do Silício, na Califórnia (EUA), onde floresceram empresas como Google, Apple e Facebook. O Vale da Eletrônica, especializado no desenvolvimento de hardwares, é um dos mais tradicionais entre as versões brasileiras do ecossistema de negócios. Ele fica em Santa Rita do Sapucaí (MG), cidade de 40 mil habitantes e 170 empresas de tecnologia.
Dessas, 55 passaram pela incubadora de negócios do Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), diz Rogério Abranches, coordenador de empreendedorismo da instituição. Uma das primeiras a se instalar na cidade foi a Leucotron, fundada em 1983 e que fornece equipamentos e serviços na área de telecomunicações para empresas.
Marcos Goulart, sócio da empresa, conta que, além de se beneficiarem da qualidade do ensino local, empresas de tecnologia tiveram incentivos da prefeitura. "Quando chegamos, não existia nada. A prefeitura decidiu que iria pagar o aluguel de galpões por alguns meses para empresas que se instalassem na cidade", conta. O vale mais popular da nova onda de startups, iniciada nesta década, é o San Pedro Valley, em Belo Horizonte. Ele surgiu como uma piada pelo bairro que duas empresas novatas - e premiadas - estavam instaladas.
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