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Política

- Publicada em 14 de Março de 2017 às 17:26

Lava Jato prende investigados por obras de expansão do metrô do Rio

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal do Rio de janeiro prenderam ontem um ex-subsecretário de Sérgio Cabral e o diretor da estatal RioTrilhos em mais um desdobramento da operação Lava Jato. Nesta etapa, a operação apura desvios na construção da linha 4 do metrô do Rio, que é o trecho que liga a zona sul à Barra da Tijuca.
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal do Rio de janeiro prenderam ontem um ex-subsecretário de Sérgio Cabral e o diretor da estatal RioTrilhos em mais um desdobramento da operação Lava Jato. Nesta etapa, a operação apura desvios na construção da linha 4 do metrô do Rio, que é o trecho que liga a zona sul à Barra da Tijuca.
Os dois mandados de prisão preventiva foram expedidos para Heitor Lopes de Sousa Junior, diretor da RioTrilhos, empresa estatal ligada à secretaria estadual de Transportes, e para Luiz Carlos Velloso, subsecretário de transportes na gestão de Sérgio Cabral, atualmente subsecretário de Turismo do Estado, na gestão de Luiz Fernando Pezão.
Segundo as investigações, iniciadas há quatro meses, os presos participavam de esquema que cobrava propina às empreiteiras interessadas em assumir as obras e prestar serviços na construção da Linha 4.
Segundo o acordo de leniência de executivos da Carioca Engenharia, o esquema de corrupção era semelhante ao existente na Secretaria Estadual de Obras, com a cobrança de percentual referente a propina propina de empreiteiras envolvidas em contratos com o Estado.
O grupo que supostamente cobrava propina nas obras do metrô teria agido durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral, apontado como o chefe da suposta quadrilha e que foi preso no final do ano passado no escopo da Operação Calicute, um dos desdobramentos da Lava Jato no Estado.
Segundo o Ministério Público Federal, ainda não foram oferecidas denúncias contra Heitor Lopes Júnior e Luis Carlos Velloso.
De acordo com representação do MPF e que serviu de base para a expedição dos mandados de prisão, as investigações têm como base um acordo de leniência firmado pelo construtora Carioca Engenharia, que integra um dos consórcios que faziam a obra do metrô.
A Queiroz Galvão e a Odebrecht também fazem parte do consórcio Rio Barra, que atua na expansão da linha 4 do metrô.
Na decisão que determinou a prisão, o juiz da 7ª Vara Criminal Federal, Marcelo Bretas, diz que "chama atenção" o fato de a obra, que foi originalmente orçada em R$ 880,079 milhões, em 1998, ter chegado a um valor final de R$ 9,643 bilhões.
O dado, por si só, não prova que houve desvios, mas, segundo Bretas, "dá conta do enorme volume de dinheiro público que, em tese, teria sido desviado pelos agentes públicos investigados".
A fase que investiga desvios nas obras do metrô foi batizada de Tolypeutes, que é o nome científico de uma espécie de tatu-bola. O nome é em referência ao equipamento chamado "tatuzão", que é a máquina que escava o túnel das obras do metrô.
A Justiça também expediu mandados de condução coercitiva para sete pessoas, além do bloqueio de bens de Sousa e Velloso, outras quatro pessoas e de três empresas ligadas aos investigados.
Foram cumpridos ainda mandados de busca e apreensão nas empresas Arqline, Arqmetro e MC Link. A RioTrilhos informou que desconhece o teor das acusações e se coloca à disposição para eventuais esclarecimentos.
 
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