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Política

- Publicada em 08 de Março de 2017 às 17:22

MPF denuncia Sérgio Cabral pela sexta vez

Segundo  procuradoria, Cabral lavou R$ 39,7 mi no Brasil e de US$ 100 mi em depósitos no exterior.

Segundo procuradoria, Cabral lavou R$ 39,7 mi no Brasil e de US$ 100 mi em depósitos no exterior.


ania rêgo/ABR/JC
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro apresentou ontem sua quinta denúncia contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) no âmbito da Operação Lava Jato. Cabral também foi denunciado pela força-tarefa de Curitiba, no escopo da mesma operação. No total, portanto, são seis as denúncias contra o ex-governador.
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro apresentou ontem sua quinta denúncia contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) no âmbito da Operação Lava Jato. Cabral também foi denunciado pela força-tarefa de Curitiba, no escopo da mesma operação. No total, portanto, são seis as denúncias contra o ex-governador.
Outras oito pessoas foram denunciadas ontem, inclusive o doleiro Vinícius Claret, conhecido como Juca Bala, preso na semana passada no Uruguai, acusado de ser um dos operadores do suposto esquema do ex-governador.
Cabral foi denunciado à 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro por 25 crimes de evasão de divisas, 30 crimes de lavagem de dinheiro e nove crimes de corrupção passiva.
Além de Cabral e Juca Bala, foram denunciados o operador Carlos Miranda; o ex-secretário de Governo de Cabral Wilson Carlos; Sérgio Carlos de Oliveira, o Serjão, que foi assessor do ex-governador; o doleiro Claudio de Souza; e o operador Timothy Scorah Lynn. Eles são acusados de crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Dois delatores, que fecharam acordo de colaboração premiada e que não tiveram nomes divulgados, também foram denunciados.
Segundo a procuradoria, Cabral e sua suposta organização ocultaram e lavaram R$ 39,757 milhões movimentados no Brasil, além de US$ 100 milhões em depósitos no exterior.
Outros ¤ 1,214 milhão em diamantes teria sido ocultado em um cofre no exterior. Outros diamantes também ocultados no exterior foram avaliados em
US$ 1,054 milhão.
Os procuradores identificaram 4,5 quilos de ouro, ocultados em cofres no exterior, no valor de
US$ 247,9 milhões. Segundo cálculos do MPF, o esquema de envio de divisas ilegais ao exterior somou R$ 318,5 milhões.
"As investigações comprovaram que Sérgio Cabral, no comando da organização criminosa, Wilson Carlos, Carlos Miranda, Sérgio Castro de Oliveira (Serjão/Big), Vinícius Claret (Juca Bala), Claudio de Souza (Tony/Peter) e os colaboradores promoveram, sem autorização legal, a saída de moeda ou divisa para o exterior, através de operações 'dólar-cabo'", afirma MPF em nota.
O dólar-cabo é uma forma de enviar recursos ilegais no exterior. Em geral, o cliente deposita uma quantia no país a um doleiro, que disponibiliza os valores corrigidos em contas no exterior.
De acordo com a procuradoria, os investigadores identificaram que Cabral, Wilson Carlos, Miranda e os colaboradores mantiveram depósitos clandestinos no exterior de quatro formas distintas: depósitos em nome de terceiros, pagamentos de joias no exterior, compra de ouro e diamantes, e transferências bancárias a parentes de Miranda. Juca Bala e Claudio Souza eram os responsáveis pelas remessas ao exterior. Todos os envolvidos estão presos.
Ainda segundo o Ministério Público, já foi possível repatriar US$ 85,3 milhões, provenientes de contas de bancos no exterior. Os recursos estão em contas judiciais da Caixa Econômica Federal. 
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