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Política

- Publicada em 06 de Março de 2017 às 16:58

Em depoimento a Moro, executivo da Odebrecht diz que 'o Italiano era o Palocci'

Em depoimento prestado ontem ao juiz Sérgio Moro, o executivo Fernando Sampaio Barbosa afirmou que o apelido "Italiano", mencionado em e-mails e planilhas da empreiteira, é uma referência ao ex-ministro Antonio Palocci (PT), preso pela Operação Lava Jato. "A gente sabia que o Italiano era o Palocci. Eu sabia, tinha sido informado pelo Márcio Faria (outro executivo do grupo)", declarou ao juiz Moro. Além de Barbosa, também foi ouvido o executivo Jorge Mitidieri.
Em depoimento prestado ontem ao juiz Sérgio Moro, o executivo Fernando Sampaio Barbosa afirmou que o apelido "Italiano", mencionado em e-mails e planilhas da empreiteira, é uma referência ao ex-ministro Antonio Palocci (PT), preso pela Operação Lava Jato. "A gente sabia que o Italiano era o Palocci. Eu sabia, tinha sido informado pelo Márcio Faria (outro executivo do grupo)", declarou ao juiz Moro. Além de Barbosa, também foi ouvido o executivo Jorge Mitidieri.
Ambos ocuparam cargos direção do grupo Odebrecht e foram indicados como testemunhas de defesa do empreiteiro Marcelo Odebrecht, preso na carceragem da Polícia Federal (PF) de Curitiba.
Esta é a primeira vez que um diretor da empreiteira confirma em juízo a ligação entre o ex-ministro e o apelido, mencionado em planilhas que relatam o pagamento de R$ 128 milhões em vantagens indevidas, segundo o Ministério Público Federal (MPF).
Porém Barbosa, que preside o estaleiro Enseada Indústria Naval (integrante do grupo Odebrecht), negou irregularidades na negociação de um contrato de sondas com a Petrobras - que, segundo a denúncia do Ministério Público, gerou o pagamento de US$ 10 milhões em propina para o casal de publicitários João Santana e Mônica Moura, entre 2011 e 2012.
Ele disse que jamais tratou de assuntos escusos com os diretores da Odebrecht e que só conhece Palocci "da imprensa, da televisão". "Eu não tinha contato (com Palocci), não fazia parte do meu escopo. Provavelmente, era uma relação que o Marcelo (Odebrecht) tinha com ele. Mas eu não participava e não sugeri nenhuma estratégia nesse sentido", afirmou.
A defesa de Palocci nega que ele seja o Italiano, e aponta que o apelido já foi usado por investigadores para identificar outras pessoas, como o também ex-ministro Guido Mantega. "É um apelido em busca de um personagem", declarou o advogado José Roberto Batochio.
 
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