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Tribunal Superior Eleitoral

- Publicada em 02 de Março de 2017 às 18:40

Odebrecht afirma que Aécio pediu R$ 15 mi; PSDB diz que valor é legal

Depois do relato de Marcelo Odebrecht dizendo que o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), teria lhe pedido R$ 15 milhões no final do primeiro turno da campanha eleitoral de 2014, o PSDB emitiu uma nota para defender a legalidade da doação. O partido afirmou que o valor de R$ 15 milhões foi doado oficialmente pelo grupo à campanha que tentou eleger Aécio em 2014 e que as doações feitas pela Odebrecht à campanha de Aécio foram declaradas à Justiça Eleitoral.
Depois do relato de Marcelo Odebrecht dizendo que o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), teria lhe pedido R$ 15 milhões no final do primeiro turno da campanha eleitoral de 2014, o PSDB emitiu uma nota para defender a legalidade da doação. O partido afirmou que o valor de R$ 15 milhões foi doado oficialmente pelo grupo à campanha que tentou eleger Aécio em 2014 e que as doações feitas pela Odebrecht à campanha de Aécio foram declaradas à Justiça Eleitoral.
O delator relatou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quarta-feira, que, inicialmente, negou o pedido de Aécio pela doação de R$ 15 milhões afirmando que o valor era muito alto, mas que o senador teria sugerido como "alternativa" que os pagamentos fossem feitos aos seus aliados políticos.
Ainda pelo depoimento de Odebrecht, teria ficado definido no encontro com Aécio que o repasse seria discutido entre Sérgio Neves, que era superintendente da empresa em Minas, e o empresário Oswaldo Borges da Costa, apontado como tesoureiro informal do tucano. O PSDB afirmou que Oswaldo Borges nunca foi tesoureiro informal de nenhuma campanha do PSDB, "tendo atuado sempre de forma oficial".
O PSDB destacou na nota que o depoimento não faz qualquer menção a uma contribuição via caixa-2 à campanha e ainda citou que isso ficará claro após o fim do sigilo imposto às declarações do empreiteiro. "R$ 15 milhões foi o valor doado oficialmente pelo grupo Odebrecht à campanha do PSDB de 2014", destaca o texto.
O partido contestou outra informação publicada pela reportagem, que o valor pedido por Aécio bateria com a planilha e a troca de mensagens de Odebrecht apreendidas pela Lava Jato e que mostram o repasse de R$ 15 milhões do departamento de propina da empreiteira ao apelido "mineirinho", que, segundo o delator Claudio Melo Filho, era uma referência a Aécio.
 

Para Dilma, alegação de que pediu recursos da empreiteira é 'mentirosa'

A assessoria de imprensa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, em nota, que "é mentirosa" a informação de que ela teria pedido recursos a Marcelo Odebrecht ou a qualquer outro empresário, ou tenha autorizado pagamentos a prestadores de serviços fora do Brasil ou por meio de caixa-2 nas campanhas de 2010 e 2014. Nega ainda que tenha indicado o ex-ministro Guido Mantega (PT) para pedir recursos para as campanhas eleitorais.
O ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu ouvir o depoimento de mais dois executivos da Odebrecht no processo de cassação da chapa de Dilma Rousseff e de Michel Temer (PMDB) que tramita na corte.
"A insistência em impor à ex-presidenta uma conduta suspeita ou lesiva à democracia ou ao processo eleitoral é um insulto à sua honestidade e um despropósito a quem quer conhecer a verdade sobre os fatos", diz a nota, que também afirma que as declarações têm sido divulgadas de forma truncada e em trechos, "justamente quando vêm à tona novas suspeitas contra os artífices do golpe de 2016, que resultou no impeachment da ex-presidenta da República".
"Dilma Rousseff tem a certeza de que a verdade irá prevalecer e o caráter lesivo das acusações infundadas será reparado na própria Justiça", afirma.
A nota reitera que todas as doações às campanhas de Dilma Rousseff foram feitas de acordo com a legislação, com prestações de contas aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.