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Política

- Publicada em 01 de Março de 2017 às 17:26

Janot quer ouvir Aécio sobre Furnas

Lobista reafirmou que o senador tucano Aécio Neves recebeu propina

Lobista reafirmou que o senador tucano Aécio Neves recebeu propina


GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO/JC
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) seja ouvido em inquérito no qual o parlamentar é investigado por irregularidades em Furnas, uma das estatais do setor elétrico que fazem parte do sistema Eletrobras.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) seja ouvido em inquérito no qual o parlamentar é investigado por irregularidades em Furnas, uma das estatais do setor elétrico que fazem parte do sistema Eletrobras.
Janot também pediu que sejam realizados os depoimentos de outras três pessoas: o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT), atualmente preso no Paraná em razão da Operação Lava Jato; o ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS), delator que acusou Aécio de participar do rateio de propina em Furnas; e o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira. O procurador-geral argumentou que há "necessidade de aprofundamento das investigações".
Janot pediu que sejam juntados ao inquérito cópias de relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre irregularidades envolvendo Furnas, e os autos de um processo que tramita no Rio de Janeiro em que houve quebra de sigilo bancário do ex-diretor da estatal Dimas Toledo. Como o caso não envolve a Petrobras, é considerado um desdobramento da Lava Jato. Assim o relator não é o ministro Edson Fachin, que cuida dos processos da operação no STF, mas Gilmar Mendes. Caberá a Mendes tomar uma decisão aceitando ou não os pedidos de Janot.
A eventual participação de Aécio no esquema que desviava dinheiro de Furnas já tinha sido apontada por dois delatores da Lava Jato: o doleiro Alberto Youssef e o ex-senador Delcídio Amaral. Aécio teria patrocinado a indicação de Dimas, que seria o arrecadador de propinas na estatal.
O senador e o ex-diretor negam as acusações, mas, no começo de fevereiro deste ano, outro delator reforçou as suspeitas: o lobista Fernando Moura. Ele disse que foi informado pelo próprio Dimas Toledo de que um terço da propina iria para o PT de São Paulo, um terço para o PT nacional e um terço para Aécio. Posteriormente, Fernando Moura chegou a fazer uma acareação com Dimas Toledo, que negou ter discutido com o delator distribuição de propinas. Mas Fernando Moura reiterou o que já tinha dito sobre os valores desviados da estatal.
Dimas Toledo foi diretor de engenharia de Furnas, cargo que, segundo Delcídio, era usado sistematicamente para repassar valores a partidos, como PSDB, PP e PT.
Em nota, Aécio disse que "pedidos de prorrogação de prazo em procedimentos investigatórios são rotina. A oitiva do senador, como é praxe, está prevista desde o inicio do procedimento. As diligências requeridas não guardam relação com o senador, uma vez que se referem apenas à solicitação de cópias de documentos da empresa e oitivas de membros do PT. O senador Aécio Neves é o maior interessado na realização das investigações, porque o aprofundamento delas provará a absoluta correção de seus atos", diz a nota.
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