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Opinião

- Publicada em 02 de Março de 2017 às 17:20

A Quaresma pagã da CNBB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou mais uma Campanha da Fraternidade para marcar o tempo da Quaresma - os 40 dias de contrição e reflexão que antecedem a Paixão de Cristo e a Páscoa de sua ressurreição. Uma vez mais, a liderança episcopal do maior rebanho católico do mundo opta por abrir mão da espiritualidade e usar a ocasião para propor um discurso com fortes tonalidades ideológicas. Neste ano, o tema fala de "Biomas Brasileiros e Defesa da Vida". De saída, a canção-tema saúda a "Mãe Terra", algo estranho para quem achava que a mãe dos católicos era Maria Santíssima, e não o mito pagão da "Pachamama", de uma terra que, para o ensino católico, não é mãe, mas criação que precisa ser domesticada para o progresso humano. Não no entendimento do documento desta Quaresma, que elege o agronegócio (sempre ele) como o principal vilão da preservação dos seis biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa, além de chancelar o discurso do aquecimento global - já devidamente censurado até pela Pontifícia Academia de Ciências de Roma. O Brasil que emerge das páginas do texto-base da Campanha é uma tragédia verde: os pampas "engolidos" pela monocultura do arroz, soja e floresta (ora, mas se são três itens, não pode ser "mono", certo?), e a Amazônia devastada pela pecuária, dentre outros mitos. Apenas 16% da Amazônia Legal é ocupada por propriedades rurais. Na Caatinga, a área preservada é de 63,3%; 51,5%, no Cerrado; 86,7%, no Pantanal; 27%, na Mata Atlântica; e 41,3%, no bioma Pampa. O Brasil utiliza 418 milhões de hectares para a produção rural, contra 447 milhões da Austrália e mais de 900 milhões de hectares nos Estados Unidos. Embora afirme compromisso pelos pobres, é justamente contra eles que a CNBB se levanta a cada ataque ao agronegócio, porque é este setor que ainda cresce em meio a uma economia cambaleante, que permite a geração de empregos em escala crescente e transformou o País em um dos campeões mundiais de produção de alimentos. E isso, fazendo uso de apenas 8% do território nacional.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou mais uma Campanha da Fraternidade para marcar o tempo da Quaresma - os 40 dias de contrição e reflexão que antecedem a Paixão de Cristo e a Páscoa de sua ressurreição. Uma vez mais, a liderança episcopal do maior rebanho católico do mundo opta por abrir mão da espiritualidade e usar a ocasião para propor um discurso com fortes tonalidades ideológicas. Neste ano, o tema fala de "Biomas Brasileiros e Defesa da Vida". De saída, a canção-tema saúda a "Mãe Terra", algo estranho para quem achava que a mãe dos católicos era Maria Santíssima, e não o mito pagão da "Pachamama", de uma terra que, para o ensino católico, não é mãe, mas criação que precisa ser domesticada para o progresso humano. Não no entendimento do documento desta Quaresma, que elege o agronegócio (sempre ele) como o principal vilão da preservação dos seis biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa, além de chancelar o discurso do aquecimento global - já devidamente censurado até pela Pontifícia Academia de Ciências de Roma. O Brasil que emerge das páginas do texto-base da Campanha é uma tragédia verde: os pampas "engolidos" pela monocultura do arroz, soja e floresta (ora, mas se são três itens, não pode ser "mono", certo?), e a Amazônia devastada pela pecuária, dentre outros mitos. Apenas 16% da Amazônia Legal é ocupada por propriedades rurais. Na Caatinga, a área preservada é de 63,3%; 51,5%, no Cerrado; 86,7%, no Pantanal; 27%, na Mata Atlântica; e 41,3%, no bioma Pampa. O Brasil utiliza 418 milhões de hectares para a produção rural, contra 447 milhões da Austrália e mais de 900 milhões de hectares nos Estados Unidos. Embora afirme compromisso pelos pobres, é justamente contra eles que a CNBB se levanta a cada ataque ao agronegócio, porque é este setor que ainda cresce em meio a uma economia cambaleante, que permite a geração de empregos em escala crescente e transformou o País em um dos campeões mundiais de produção de alimentos. E isso, fazendo uso de apenas 8% do território nacional.
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel e vice-presidente da Farsul
 
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