Na presença de uma dúzia de mineiros, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou ontem uma "nova revolução energética" ao assinar um decreto que desfaz decisões tomadas por Barack Obama para frear o aquecimento global, incluindo o Plano de Energia Limpa, que restringe emissão de gases por usinas de carvão.
"O meu governo está acabando com a guerra contra o carvão", disse Trump. "Com a ordem executiva assinada hoje (ontem), estou tomando um passo histórico para levantar as restrições sobre a energia norte-americana", completou. Segundo ele, o decreto vai eliminar um extremo controle federal e "restabelecer a liberdade econômica".
O Plano de Energia Limpa, o principal legado ambiental de Obama, será revisado. A decisão, de outubro de 2015, já vinha sendo contestada na Justiça por estados governados por republicanos.
Apesar de não abandonar a meta assumida pelos EUA sob o Acordo de Paris - de cortar, até 2025, as emissões de gases-estufa em 26% em relação aos níveis de 2005 -, as mudanças impostas pela ação tornam o cumprimento muito mais difícil. O decreto também irá retirar menções ao "custo social" de gases do efeito estufa.